São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2001

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Engenheiro da obra foi exonerado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O engenheiro responsável pela obra do edifício-sede da Procuradoria Geral da República, Marco Bichara, foi exonerado definitivamente da obra pelo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro. A providência foi tomada quase dois anos depois de Brindeiro ter recebido as denúncias de pagamento de propina na obra, em maio de 99.
No entanto, só em fevereiro passado, com a publicação de reportagens em jornais, Brindeiro determinou que a denúncia fosse investigada. Na semana passada, a pedido dos procuradores da República que estão trabalhando no caso, Carlos Magalhães e Marco Bichara foram afastados da obra.
Na época em que a discussão entre o arquiteto Carlos Magalhães e o engenheiro Marco Bichara aconteceu, os procuradores regionais em Brasília Rodrigo Janot e Antônio Carlos Bigonha foram informados e levaram o assunto a Brindeiro.
Depois de conversar com três sub-procuradores-gerais da República sobre o assunto, os dois foram encontrar com o procurador-geral no saguão do aeroporto de Brasília no dia 20 de maio de 1999. Brindeiro estava prestes a viajar e não gostou do que ouviu, segundo relato feito por escrito pelo procurador Bigonha a seus superiores imediatos.
O assunto ressurge às vésperas da sucessão de Brindeiro, que deve ser definida em maio. O procurador-geral pleiteia a segunda recondução ao cargo, cuja decisão cabe ao presidente Fernando Henrique Cardoso.


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