São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2001

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OUTRO LADO

Brindeiro diz ter passado denúncia a subprocurador

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, afirmou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que ficou sabendo das denúncias do arquiteto Carlos Magalhães durante uma conversa "de menos de dez minutos" no aeroporto de Brasília.
Segundo ele, as denúncias foram repassadas ao subprocurador-geral e secretário-geral do Ministério Público, João Batista de Almeida, que considerou que "não havia razão para qualquer providência".
Para a Procuradoria, o fato de cada item colocado além do previsto ser negociado separadamente não muda o caráter da licitação. "A licitação foi feita pelo preço global, que não foi modificado, tanto que o contrato com a empresa construtora não mantém tal cláusula."
A Procuradoria afirmou ainda que os gastos com a obra ainda não chegaram ao limite do permitido por lei, já que parte do custo total, de R$ 62 milhões, é composto por reajustes anuais previstos por lei.
Em relação à acusação de propina, todos os citados nos depoimentos negam envolvimento com o caso. O engenheiro que era responsável pela obra até anteontem, Marco Antonio Bichara, nega ter feito as afirmações que os depoimentos relatam.
Bichara diz que há testemunhas de que ele nunca declarou que receberia comissão. Segundo ele, os procuradores que investigam o caso conhecem esses depoimentos. A Folha tentou confirmar a existência dos depoimentos com o procurador responsável pela investigação civil, Oswaldo Barbosa. Segundo sua secretária, ele não atenderia jornalistas.


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