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OUTRO LADO
Brindeiro diz ter passado denúncia a subprocurador
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, afirmou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que ficou
sabendo das denúncias do arquiteto Carlos Magalhães durante uma conversa "de menos
de dez minutos" no aeroporto
de Brasília.
Segundo ele, as denúncias foram repassadas ao subprocurador-geral e secretário-geral
do Ministério Público, João Batista de Almeida, que considerou que "não havia razão para
qualquer providência".
Para a Procuradoria, o fato de
cada item colocado além do
previsto ser negociado separadamente não muda o caráter
da licitação. "A licitação foi feita pelo preço global, que não foi
modificado, tanto que o contrato com a empresa construtora não mantém tal cláusula."
A Procuradoria afirmou ainda que os gastos com a obra
ainda não chegaram ao limite
do permitido por lei, já que
parte do custo total, de R$ 62
milhões, é composto por reajustes anuais previstos por lei.
Em relação à acusação de
propina, todos os citados nos
depoimentos negam envolvimento com o caso. O engenheiro que era responsável pela
obra até anteontem, Marco
Antonio Bichara, nega ter feito
as afirmações que os depoimentos relatam.
Bichara diz que há testemunhas de que ele nunca declarou
que receberia comissão. Segundo ele, os procuradores que investigam o caso conhecem esses depoimentos. A Folha tentou confirmar a existência dos
depoimentos com o procurador responsável pela investigação civil, Oswaldo Barbosa. Segundo sua secretária, ele não
atenderia jornalistas.
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