São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2004 |
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PAINEL Monitor de TV Henrique Meirelles reclamou com o Planalto do programa de televisão do PL, farto em críticas ao Banco Central. O partido, por sua vez, nega ter recebido pressões do governo para evitar o tema em futuros comerciais. Questão de fundo 1 A despeito do chá de cadeira que lhe deu Guido Mantega, o cerne da insatisfação de Roberto Rodrigues é a escassez de dinheiro para seu ministério. No ano passado, a Agricultura recebeu recursos expressivamente inferiores aos de 2002. Questão de fundo 2 Em 2003, o Ministério da Agricultura liquidou R$ 560 mi dos R$ 744 mi programados no Orçamento. No ano anterior, a pasta conseguiu executar R$ 771 mi de R$ 959 mi previstos. Mão dupla Se Roberto Rodrigues tem dificuldade para ser atendido em audiência, a recíproca é verdadeira. Segundo aliados no Congresso, só se chega ao ministro com ajuda da bancada ruralista. Tudo encaixa Quem não nasceu ontem para o mundo do financiamento de campanhas eleitorais já percebeu: Waldomiro Diniz pode ter sido um desvio, mas Rogério Buratti é padrão. Vigilância Sanitária Em comercial do PT mineiro, Patrus Ananias compara o caso Waldomiro a "vírus e bactérias" que atacam o corpo humano. "Podemos sofrer infecções, mas saberemos derrotá-las, reafirmando a saúde ética do nosso partido", afirma o ministro. Operação padrão Afinada com o Planalto, a Câmara deve evitar dor de cabeça neste ano. Além de medidas provisórias, o calendário do primeiro semestre terá apenas a emenda necessária à reeleição de João Paulo e José Sarney. No segundo, com a campanha eleitoral, a Casa ficará às moscas. Linha dura O relatório da medida provisória dos bingos, a ser concluído nesta semana por Roberto Magalhães (PTB-PE), irá sugerir que as loterias estaduais sejam subordinadas à Caixa Econômica Federal. O texto do deputado manterá a proibição ao funcionamento das casas de jogo. Temporal à vista 1 Está feia a coisa no PSDB paulistano. Se José Serra não quiser mesmo disputar a prefeitura, nada hoje indica que será possível fazer os demais pré-candidatos se conformarem, sem gritaria em público, com a indicação de Saulo de Castro Abreu Filho. Temporal à vista 2 O esperneio é tamanho que muitos consideram difícil pacificar o viveiro tucano em São Paulo mesmo com a distribuição de afagos como uma secretaria estadual para José Anibal e uma estatal para Walter Feldman. Nome na roda Estimulado por pesquisas internas, o ex-senador tucano Teotônio Vilela Filho deverá concorrer à Prefeitura de Maceió. Terá o apoio de Renan Calheiros (PMDB) e, eventualmente, do governador Ronaldo Lessa (PSB), ainda à procura de um nome viável em seu grupo. Divisão cearense Fratura no PMDB do Ceará: o prefeito de Fortaleza, Juraci Magalhães, planeja lançar o deputado Marcelo Teixeira à sua sucessão; o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, prefere apoiar Inácio Arruda (PC do B), à frente nas pesquisas. Padrão digital O Ministério das Comunicações acertou ontem o texto do edital de licitação destinado a contratar, por R$ 50 mi, instituições de pesquisa que contribuirão para definir o padrão da TV digital no país. O edital será publicado até o final do mês. TIROTEIO Do deputado federal José Thomaz Nonô (PFL-AL), sobre campanha publicitária do governo federal que terá como slogan "o trabalho sério já começa a dar resultados": -Será um grande exercício de criatividade transformar algo inexistente em um produto a ser vendido ao público. Talvez só mesmo o marketing tenha condições de fazer isso. CONTRAPONTO Sinfonia silenciosa
Em eventos oficiais, o aparato
de segurança da Presidência da
República torna difícil ou mesmo impossível que a imprensa
se aproxime de Lula. |
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