São Paulo, segunda, 23 de março de 1998

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RFFSA põe culpa em "fatores conjunturais"

da Reportagem Local

Isaac Popuchi, presidente da RFFSA, diz que o desempenho das concessionárias foi afetado por fatores conjunturais. Ele cita a desregulamentação do transporte de combustíveis em 96, que levou distribuidoras a optarem pelo modo rodoviário, e o índice de chuvas acima do normal no início de 97. Segundo Popuchi, o volume de transporte nas linhas privatizadas cresceu em média 4,4% em relação a 96, abaixo, portanto, da meta de 5% prevista nos editais.
"Os resultados são realmente modestos diante da expectativa inicial, mas ótimos em relação aos problemas que existiam na ferrovia estatal".
Com a privatização, segundo Popuchi, o governo federal deixou de amargar um déficit de R$ 300 milhões anuais, representado pelo prejuízo médio que a RFFSA vinha apresentando nos últimos dez anos. Segundo ele, a folha de pessoal da RFFSA representava 110% da receita quando começou a privatização.
"Pelo arrendamento das linhas para a iniciativa privada o governo vai receber das concessionárias R$ 150 milhões anuais nos próximos 30 anos (prazo das concessões)".
Popuchi afirmou que, no conjunto, as concessionárias investiram em 97 R$ 230,4 milhões na recuperação de linhas e equipamentos, o que representou, em média, 20% sobre o faturamento no período. Segundo ele, nos últimos anos, a RFFSA praticamente não estava investindo, já que não gerava superávit de caixa.
Na avaliação de Popuchi, a privatização da Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.), prevista para meados deste ano, será fundamental para tornar o sistema ferroviário brasileiro rentável e eficiente.



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