|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RFFSA põe culpa em
"fatores conjunturais"
da Reportagem Local
Isaac Popuchi, presidente da
RFFSA, diz que o desempenho das
concessionárias foi afetado por fatores conjunturais. Ele cita a desregulamentação do transporte de
combustíveis em 96, que levou
distribuidoras a optarem pelo modo rodoviário, e o índice de chuvas acima do normal no início de
97. Segundo Popuchi, o volume de
transporte nas linhas privatizadas
cresceu em média 4,4% em relação a 96, abaixo, portanto, da meta de 5% prevista nos editais.
"Os resultados são realmente
modestos diante da expectativa
inicial, mas ótimos em relação aos
problemas que existiam na ferrovia estatal".
Com a privatização, segundo
Popuchi, o governo federal deixou
de amargar um déficit de R$ 300
milhões anuais, representado pelo
prejuízo médio que a RFFSA vinha
apresentando nos últimos dez
anos. Segundo ele, a folha de pessoal da RFFSA representava 110%
da receita quando começou a privatização.
"Pelo arrendamento das linhas
para a iniciativa privada o governo
vai receber das concessionárias R$
150 milhões anuais nos próximos
30 anos (prazo das concessões)".
Popuchi afirmou que, no conjunto, as concessionárias investiram em 97 R$ 230,4 milhões na recuperação de linhas e equipamentos, o que representou, em média,
20% sobre o faturamento no período. Segundo ele, nos últimos
anos, a RFFSA praticamente não
estava investindo, já que não gerava superávit de caixa.
Na avaliação de Popuchi, a privatização da Fepasa (Ferrovias
Paulistas S.A.), prevista para meados deste ano, será fundamental
para tornar o sistema ferroviário
brasileiro rentável e eficiente.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|