São Paulo, segunda, 23 de março de 1998

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Comissão julga pedido na quarta

da Sucursal do Rio

O caso Zuzu Angel será votado na quarta-feira numa situação diferente da de agosto do ano passado, quando a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça decidiu que o Estado não poderia ser responsabilizado pela morte da estilista.
Por falta de provas, o pedido de indenização da família foi rejeitado por 5 a 2.
Os votos a favor foram de Suzana Lisboa, representante das famílias das vítimas, e do deputado Nilmário Miranda (PT-MG).
O relator Luís Francisco Carvalho Filho votou contra por falta de provas conclusivas, apesar de apontar indícios de atentado. Seguiram seu voto o presidente da comissão, Miguel Reale Jr., o procurador Paulo Gonet, o diplomata João Grandino Rodas e o general Oswaldo Pereira Gomes.
Pela previsão, a reunião de quarta-feira será a última com julgamentos sobre mortes e desaparecimentos. Depois, a comissão passará a tratar da busca de corpos.
O caso de Iara Iavelberg, companheira do guerrilheiro Carlos Lamarca, morta em 1971, também será julgado na quarta.
O caso Zuzu Angel começou a mudar com o aparecimento de novas testemunhas, que levaram a comissão, no dia 9 de fevereiro, a decidir pela reanálise do episódio.
Uma das testemunhas, o advogado Marcos Pires, disse à Folha, em 11 de fevereiro, ter assistido ao abalroamento do carro de Zuzu Angel. (MM)



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