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General faz
crítica a atual
investigação
da Sucursal do Rio
O general da reserva Newton
Cruz condenou a investigação sobre a morte de Zuzu Angel realizada pela comissão do Ministério da
Justiça.
"Não estou discutindo o que
aconteceu", disse Cruz. "Eu acho
que isso que aconteceu não deveria ser motivo de apuração hoje."
"Acho até que, se houve isso que
eu li aí, que o carro foi fechado,
isso foi uma estupidez, uma ignomínia danada, mas não pode ser
trazido à baila agora em termos de
pagar ou não pagar."
"Todo exagero é condenável.
Mas houve uma anistia que diz o
seguinte: são anistiados aqueles
que fizeram isso, isso e isso e também os crimes conexos, qualquer
crime que tenha relação."
Newton Cruz considerou a criação da comissão do Ministério da
Justiça contraditória com a Lei da
Anistia, de agosto de 79. "A anistia
era para os dois lados. Anistia para
mim é esquecimento."
Em 76, Cruz dirigia o gabinete
do chefe do SNI (Serviço Nacional
de Informações), general João Figueiredo, depois presidente no último governo militar (79-85).
Cruz afirmou nunca ter recebido
informe dos agentes do serviço sobre a morte da estilista.
A representante das famílias das
vítimas na comissão, Suzana Lisboa, discorda da opinião do general: "A comissão não contraria a
Lei da Anistia porque, infelizmente, não estão sendo apontados os
nomes dos culpados, mas só a responsabilidade do Estado".
(MM)
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