da Reportagem Local

Uma febre de 37,5 graus adiou ontem a saída do governador Mário Covas (PSDB) do Incor (Instituto do Coração), em São Paulo, onde o tucano está internado desde sexta-feira para se submeter a tratamento quimioterápico.
David Uip, médico particular de Covas, afirmou que a febre é previsível na quimioterapia. "Isso acontece habitualmente." Segundo Uip, Covas teve febre duas vezes na manhã de ontem. Até o final da noite, ela não havia voltado.
O médico disse que o governador foi submetido a exames para identificação da origem da febre -ainda desconhecida.
O médico observou que a febre pode ser um processo inflamatório ou infeccioso. O primeiro caso é menos preocupante, disse. A inflamação pode ser causada pela destruição de células sadias pela quimioterapia. A infecção seria mais grave e poderia estar relacionada à queda do sistema imunológico provocada pela quimioterapia.

"Excesso de zelo"
Segundo Uip, a equipe médica decidiu manter o governador no Incor por "excesso de zelo". Ele acrescentou que todos os exames mostram que o sistema imunológico de Covas está funcionando perfeitamente. O médico afirmou que não há previsão de alta para o governador.
Foi a segunda de uma série de quatro sessões de quimioterapia a que Covas vai se submeter. O governador teve de extrair a bexiga em dezembro em razão de um tumor maligno. A quimioterapia tem caráter preventivo e visa eliminar células cancerosas que eventualmente tenham permanecido no organismo de Covas.


Texto Anterior: Carreira pública inclui controle de estatais em 85
Próximo Texto: Polícia de São Bernardo vai ouvir mais dois envolvidos
Índice