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Na oposição, PFL
agora é contra
cobrar inativos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de haver apoiado
no governo passado, o PFL
vai se posicionar contra a cobrança de contribuição previdenciária dos inativos do
serviço público quando a
proposta do governo Lula
for enviada ao Congresso.
"O governo tenta passar a
idéia de combate aos marajás, que o aposentado do serviço público ganha muito.
Essa era uma bandeira do
Collor", disse o líder do PFL
na Câmara, deputado José
Carlos Aleluia (BA).
Aleluia refere-se ao ex-presidente Fernando Collor de
Mello, que se elegeu contra
Lula em 89 tendo a bandeira
da "caça aos marajás", servidores com altos salários.
O governo conta com os
votos de PFL, PSDB e PMDB
para aprovar as reformas,
até para contrabalançar
eventuais baixas em sua base, hostil à cobrança dos inativos. O PSDB está dividido
em relação ao projeto, que é
apoiado por seus oito governadores. A pressão sobre as
bancadas do PFL é menor: o
partido governa Bahia, Sergipe e Maranhão.
O PFL deve convocar juristas para a discussão. A sigla
contesta a constitucionalidade de um teto para a contribuição, mas a decisão será
política. Às vésperas de um
ano eleitoral, o PFL julga que
a defesa dos inativos deixaria o partido de bem com a
classe média e com as corporações, que, aliás, sempre
combateu.
(RC)
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