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São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2003

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Na oposição, PFL agora é contra cobrar inativos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar de haver apoiado no governo passado, o PFL vai se posicionar contra a cobrança de contribuição previdenciária dos inativos do serviço público quando a proposta do governo Lula for enviada ao Congresso.
"O governo tenta passar a idéia de combate aos marajás, que o aposentado do serviço público ganha muito. Essa era uma bandeira do Collor", disse o líder do PFL na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (BA).
Aleluia refere-se ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, que se elegeu contra Lula em 89 tendo a bandeira da "caça aos marajás", servidores com altos salários.
O governo conta com os votos de PFL, PSDB e PMDB para aprovar as reformas, até para contrabalançar eventuais baixas em sua base, hostil à cobrança dos inativos. O PSDB está dividido em relação ao projeto, que é apoiado por seus oito governadores. A pressão sobre as bancadas do PFL é menor: o partido governa Bahia, Sergipe e Maranhão.
O PFL deve convocar juristas para a discussão. A sigla contesta a constitucionalidade de um teto para a contribuição, mas a decisão será política. Às vésperas de um ano eleitoral, o PFL julga que a defesa dos inativos deixaria o partido de bem com a classe média e com as corporações, que, aliás, sempre combateu. (RC)


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