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São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2003

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FORÇAS ARMADAS

Compra foi suspensa

Programa da FAB de FHC é avaliado, diz Viegas

RICARDO BONALUME NETO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O programa de reaparelhamento da Força Aérea Brasileira, estabelecido pelo governo Fernando Henrique Cardoso, está agora sendo radicalmente modificado pelo governo Lula.
"O programa está sendo reestruturado, mas não foi interrompido", disse ontem no Rio o ministro José Viegas Filho (Defesa) na feira de material bélico LAD 2003 (Latin America Defentech).
Apenas no segundo semestre deste ano o Ministério da Defesa deverá anunciar o novo cronograma para o programa de aquisição de novos caças para a Força Aérea Brasileira, o projeto F-X. A compra foi suspensa em janeiro passado -uma das primeiras decisões do governo Lula- e o processo só será retomado em 2004.
Mais recentemente foram suspensas duas aquisições de última hora do governo anterior, a compra de aviões de transporte leve e a modernização de aviões de patrulha naval. Segundo o ministro, estão sendo feitas "reavaliações" das prioridades da FAB. "Temos necessidade de defender o espaço aéreo, especialmente na Amazônia", declarou Viegas.
Isso significa que hoje os principais programas em andamento são tocados pela Embraer, principal fabricante nacional de aeronaves. São os aviões-radar, aviões de sensoriamento e aviões de ataque leve vinculados ao projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), e o programa de modernização dos velhos caças F-5. Alguns programas tiveram vários aviões entregues, outros prosseguem em ritmo lento.
A Embraer, em consórcio com empresas francesas, é uma das favoritas para vencer a concorrência do futuro caça, com o modelo Mirage-2000. Quatro outras empresas concorrem, com os caças F-16 (EUA), Gripen (Suécia), Su-35 ((russo, em associação com a brasileira Avibrás) e MiG-29 (Rússia).


O jornalista RICARDO BONALUME NETO viajou ao Rio de Janeiro a convite da organização da LAD 2003


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