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Apitaço da PF marca a
visita de Lula a Manaus
GABRIELA ATHIAS
ENVIADA ESPECIAL A MANAUS
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva inaugurou ontem um restaurante popular em Manaus
(AM) ao som de um apitaço promovido por cerca de 60 policiais
federais em greve desde março.
Cerca de 1.800 pessoas, segundo
a Polícia Militar, estavam do lado
de fora do restaurante -financiado pelo governo do Estado e por
uma empresa de refrigerantes. Os
seguranças evitaram que os manifestantes, que usavam nariz de palhaço, se aproximassem.
Sem citar o protesto, Lula disse
que não é possível esperar pelos
empregos, que, segundo ele, serão
criados pelo crescimento econômico, para combater a fome.
"Só vamos combater a fome definitivamente no dia em que cada
homem, cada mulher, no Brasil e
no mundo, conseguir ganhar seu
dinheiro às custas do seu trabalho, que é o que dá dignidade ao
ser humano, e não graças a políticas compensatórias do governo.
Entretanto, não podemos esperar
que a economia volte a crescer,
volte a gerar os empregos que
queremos para todos aqueles brasileiros que precisam trabalhar
possam comer."
O presidente admitiu que programas de combate à fome são
compensatórios. "Sabemos que o
programa de combate à fome não
é um fim em si mesmo, é um
meio, uma emergência", disse.
Sobre promessas que fez ao se
eleger, em janeiro de 2003, disse:
"Cada vez mais estou com a consciência tranqüila e mais otimista
de que vamos cumprir cada uma
das coisas que prometemos sem a
pressa dos apressados, mas com a
cautela dos que sabem que os passos só podem ser dados do tamanho da nossa perna".
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