São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá Mais FMI 34
O site do "Valor" destacou
a declaração do ministro
Antonio Palocci de que o Brasil
apóia o espanhol Rodrigo Rato
para dirigir o FMI. Nos últimos dias, primeiro falou José Serra, depois FHC, depois Míriam Leitão. Agora a revista "The Economist" dá a sua capa para anunciar "o fim do dinheiro barato" (ao lado), com reportagem em que não falta referência ao Brasil. É efeito ainda da previsível elevação dos juros americanos, confirmada há pouco pelo presidente do banco central americano, mas a "Economist" vai além e sugere que se aumente a taxa o quanto antes. A mesma edição afirma, sob o título "Duvidando de Lula", que os mercados "perderam um pouco de sua confiança" no presidente. Lula "foi uma das melhores surpresas de 2003", mas agora enfrenta "doença comum: o medo de o banco central americano elevar seus juros, tirando capital dos emergentes". Pergunta a revista: - As políticas ortodoxas do Brasil agüentam o tranco? Ontem, sim. A "Forbes" noticiou mercados em alta no Brasil, "menos preocupado com a taxa americana". Outro lado De vez em quando surgem no Jornal da Globo reportagens do outro mundo. Agora foi sobre Caxias do Sul, onde os salários são elevados, os empresários são corajosos etc. Ana Paula Padrão, no site da Globo: - Queremos mostrar o outro lado, aquelas regiões em que se encontra emprego. Pães e florestas O "New York Times" publicou artigo em defesa da ocupação "realista" da Amazônia: - A região tem potencial de ser a cesta de pães do mundo e se manter como a maior floresta tropical da Terra. Mas para tanto "as pessoas têm que revisar as suas idéias". Como se viu, horas depois Lula revisou as suas. Bob Woodward O impacto do novo livro do jornalista Bob Woodward veio seguido de uma desconstrução de seu personagem. Para o "New York Times", é o "cronista de detalhes saborosos do oficialismo". A Slate.com o descreve como "estúpido como uma raposa" -e reafirma que, como no filme sobre Watergate, ele escreve muito mal. Recorde de Bush O "USA Today" destacou que a campanha de George W. Bush gastou em fevereiro e março US$ 98 milhões, quase os US$ 101 milhões gastos por ele na eleição de 2000. A maior parte teria ido para os comerciais que fixaram uma imagem de fraco no adversário John Kerry -e permitiram a Bush retomar a dianteira. Começou num jornal de Seattle, segundo "O Globo", e se espalha pela internet. O site Drudge Report jogou no ar imagens (acima) de caixões de soldados chegando à base de Dover, nos EUA, e relatou que "centenas" delas correm pela web. O "Washington Post", sem dar as fotos, reproduziu a ordem do Pentágono às bases, em março: - Não haverá cobertura de mídia de militares mortos. "Mas na era da internet as imagens fluem sem respeito a decretos de governo", responde Matt Drudge, do site. Texto Anterior: Imprensa: Liminar reabre jornal fechado por juiz eleitoral Índice |
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