da Sucursal de Brasília

O Palácio do Planalto negou ontem que o presidente Fernando Henrique Cardoso queira evitar o depoimento dos ministros Pedro Malan (Fazenda) e Pedro Parente (Orçamento) à CPI.
"Não há nenhuma base para essa afirmação. O presidente não conhece a procedência dela, não falou com ninguém sobre isso nem está trabalhando para impedir a convocação", afirmou o porta-voz interino, Georges Lamazière.
Segundo ele, a convocação dos dois ministros "é uma questão que cabe à CPI decidir".
Após defender o ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes em viagem à Europa e diminuir gradativamente o tom dessa defesa nos últimos dias, FHC optou ontem por não comentar o caso.
"Enquanto a CPI dos Bancos não chegar a resultados, o presidente se absterá de comentários", disse Lamazière, ao responder a questões relacionadas à comissão. "A CPI tem curso próprio", completou.

Oposição
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ontem que a oposição considera "inevitável" a convocação do ministro Pedro Malan (Fazenda) pela CPI dos Bancos.
Ele quer ouvir a explicação de Malan para a demissão de Francisco Lopes da presidência do BC, ocorrida em janeiro, depois da operação de salvamento aos bancos Marka e FonteCindam.


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