São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 2000


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ACM defende presença de Forças Armadas nas ruas

da Sucursal de Brasília

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), voltou a defender ontem a necessidade de utilizar as Forças Armadas para reforçar a segurança pública nas ruas. ACM citou as agressões sofridas pelo governador de São Paulo, Mário Covas, e pelo ministro José Serra (Saúde) para sustentar sua tese.
""Um governador leva uma paulada na cabeça. Um ministro leva um ovo. São agressões que não podem acontecer", disse. ""Como o Exército é uma força terrestre extremamente respeitável, eu acredito que só a presença do Exército nas ruas seria suficiente para diminuir mais da metade dessas coisas que estão acontecendo, que depõem contra o nome do Brasil e o princípio da autoridade", afirmou ACM.
Segundo o presidente do Senado, é ""obrigação" do Estado -por meio do Ministério da Defesa- repensar o papel das Forças Armadas hoje no país, já que os órgãos atualmente competentes para combater a criminalidade não conseguem conter a onda de violência.
""Não se justifica manter um efetivo das Forças Armadas e a insegurança continuar nas ruas. Há mais de 300 mil homens nas Forças Armadas e nós precisando de mais segurança nas ruas", afirmou ACM.
Ele disse que essa nova tarefa não poderia ser exigida das Forças Armadas com menos de um ano de treinamento dos militares para aprenderem a atuar nas ruas e não na guerra.
O presidente do Senado disse que vai continuar defendendo essa proposta, ainda que não contar com o apoio do PFL. ""Se o PFL endossar essa proposta, ficarei contente. Se não endossar, continuarei com ela."
ACM disse que não conhece o pacote de propostas de combate à violência (Plano de Segurança Pública) que estão sendo preparadas pelo governo federal e não quis dar opinião sobre a suposta criação de uma Guarda Nacional e a possibilidade de unificação das polícias civil e militar, por exemplo.
""Eu não conheço essas propostas do governo federal. Mas que o governo está certo em fazer (esse plano). Mas já devia estar pensando nisso", afirmou ACM.


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