|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Advogado diz que "desconhece e estranha" depósitos
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos advogados do empresário Sérgio Gomes da Silva,
Roberto Podval, afirmou ontem "desconhecer" e "estranhar" a informação de que empresários de ônibus da cidade teriam depositado R$ 100 mil
na conta de seu cliente, em dezembro de 1998.
"Essa é uma notícia totalmente nova para mim. Causa-me muita estranheza. Tive
acesso aos extratos bancários
do meu cliente e não constatei
esses depósitos. Não digo que
não existem, digo que não
constatei", afirmou.
No caso específico dos comprovantes apresentados pela
família Gabrilli, Podval afirmou ter uma explicação. Disse
que os valores depositados na
conta de seu cliente correspondem a serviços prestados por
Gomes da Silva ao empresário
Ronan Maria Pinto, de quem é
sócio -Maria Pinto também
foi denunciado no esquema
por suposta formação de quadrilha e concussão.
"Primeiro, não temos certeza
se os depósitos realmente foram feitos pelos Gabrillis. E, se
foram, é possível que sejam referentes a pagamentos que fizeram em nome de Ronan. É a
única explicação que vejo", disse o advogado.
A família Gabrilli disse estar
incorreta a versão apresentada
pelo advogado e reafirmou que
o valor depositado era referente ao pagamento de propina.
Podval disse que seu cliente
nunca manteve relações comerciais com a família Gabrilli.
Segundo ele, o empresário,
que mora em Fortaleza, só irá
conversar com a imprensa depois de ser ouvido pela Justiça.
"Seria até uma falta de respeito
com o Judiciário", afirmou.
Podval, que afirmou que as
contas bancárias de seu cliente
estão à disposição da Justiça
para a investigação, não autorizou a reportagem a ter acesso
aos documentos. "Eu mesmo
insisti muito na importância de
manter o sigilo. Não posso agora me contradizer."
Texto Anterior: PT sob suspeita: Quebra de sigilo revela pagamento a acusado Próximo Texto: Empresário pede anulação de prova Índice
|