UOL

São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2003

Próximo Texto | Índice

PAINEL

No laboratório
Discute-se no Planalto mudanças na lei eleitoral para estimular a formação de um novo partido. A intenção é garantir tempo de TV no horário eleitoral proporcional ao número de deputados fundadores da sigla.

Efeitos especiais
O novo partido abrigaria dissidentes das legendas de oposição. A mudança na legislação não é consensual. Aliados de Lula temem que o governo seja acusado de promover casuísmo.

Movimento migratório
Não são apenas parlamentares que discutem a possibilidade de fundar um novo partido para a base de Lula. O governador Cássio Cunha Lima (PB), do PSDB, também já deu sinais de que poderia migrar para a nova sigla.

Sem proteção
Dezesseis índios já foram assassinados neste ano no Brasil. Em todo o ano passado, houve dez mortes. A Funai vai pedir à PF e à Secretaria de Direitos Humanos agilidade na apuração dos casos e na proteção às tribos.

Áreas de invasão
Dos 16 assassinatos de índios, 6 ocorreram em Pernambuco, na região do Polígono da Maconha, onde traficantes invadem reservas para plantar a erva. Houve crimes em RR, MA, MS, RS, SC, RO, AP, MT e MS, a maioria em disputas de terras.

Madeira de lei
Marina Silva (Meio Ambiente) solicitou à Lula que retire da Câmara projeto que cria as chamadas "florestas nacionais", áreas onde seria permitida a exploração comercial da madeira, desde que de forma sustentável.

Tábua rasa
Marina Silva quer "aprimorar" o polêmico projeto, que prevê o corte da madeira em 500 mil quilômetros quadrados de áreas de proteção ambiental. É para atrair as madeireiras às regiões de atividades controladas.

Tempo quente
A intervenção de colegas evitou que dois desembargadores do Tribunal Regional Federal, em São Paulo, trocassem tapas.

Medida de segurança
Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) vai propor ao CNPq abrir linhas de financiamento para pesquisas na área da defesa e da segurança nacional.

Discurso de ocasião
Aclamado "defensor dos trabalhadores" por ter votado contra a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça, José Roberto Arruda (PFL), ex-líder de FHC no Senado, apresentou emendas para manter a aposentadoria integral de juízes, promotores e militares.

A luta continua
Heloísa Helena, Babá e Luciana Genro estarão na manifestação de servidores contra a reforma da Previdência, no Rio, quinta-feira, dois dias antes de a Comissão de Ética do PT analisar seus processos de expulsão.

Questão de competência
O Tribunal Regional Federal de São Paulo julgará amanhã recurso do juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto. Vai decidir se continua competente para julgar o ex-presidente do TRT.

Foro privilegiado
Para os advogados de "Lalau", ele deveria ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. E seriam nulas as decisões do tribunal federal, entre elas a que mandou o ex-juiz para a prisão.

Igualdade na urna
Serys Slhessarenko (PT-MT) apresentará projeto que determina a paridade entre homens e mulheres em disputas eleitorais. Prevê o mesmo número de candidatos e candidatas. Atualmente, a cota feminina é de 30%.

Revisão da meta
Paulo Bernardo (PT) retirou de seu relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias a previsão de que a meta de inflação constasse da lei. Toda mudança passaria pelo Congresso. Pela regra atual, a decisão cabe ao Conselho Monetário Nacional.

TIROTEIO

Do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), sobre o ministro Miro Teixeira (Comunicações) demorar a se definir sobre sua filiação ao PMDB: - O Miro está com um pé e meio no PMDB. A metade que falta é problema dele.

CONTRAPONTO

Dose cavalar

Dias antes de o Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) reduzir os juros em 0,5%, Ely Steinbruch, um dos fundadores do Grupo Vicunha, conversava com amigos sobre a condução da política econômica do governo Lula.
Ely Steinbruch elogiou bastante o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), mas disse que a manutenção das atuais taxas de juros remete ao caso do cavaleiro inglês.
Ao passar por dificuldades financeiras, disse Steinbruch aos amigos com um sorriso irônico, o homem decidiu reduzir a quantidade de ração do animal.
No início, o cavalo ficou muito agitado, nervoso e agressivo, mas com o passar do tempo acabou se acalmando.
Steinbruch concluiu, provocando gargalhadas:
- Só que, quando já estava se acostumando a ficar sem comida, o cavalo morreu.


Próximo Texto: Crime organizado: Braço direito de Arcanjo liga quadrilha a políticos do MT
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.