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Levantamento usa dados de fontes oficiais
DA REPORTAGEM LOCAL
Os cálculos que levam à conclusão de que o número de garis necessários para as empresas realizarem todos os serviços pagos pela prefeitura é inferior ao número
de garis realmente existentes utiliza dados fornecidos pela prefeitura e pelas próprias empresas.
A extensão que teria sido varrida mensalmente pelas empresas e
o valor dos pagamentos feitos a
elas foram informados pelo Limpurb (Departamento de Limpeza
Urbana, da prefeitura da capital).
De acordo com os estudos técnicos da Prefeitura de São Paulo
para subsidiar o edital da concorrência pública dos serviços de
limpeza urbana, a produtividade
média dos garis é de 1.500 metros
de eixo de ruas (isto é, as sarjetas
dos dois lados da rua) por dia.
Os dados da produtividade dos
garis são confirmados pelos acordos de participação nos lucros firmados entre as empresas e os empregados, cujas cópias foram obtidas pela Folha.
O índice é semelhante ao utilizado em outros contratos de varrição de ruas da região metropolitana de São Paulo.
Segundo o Siemaco (Sindicato
dos Trabalhadores em Empresas
de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo), havia
4.870 profissionais empregados
no segundo semestre de 1997.
De acordo com o Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo), havia, no período em que as empresas eram pagas pela varrição de
calçadas, entre 4.000 e 4.500 garis
empregados na varrição. A reportagem utiliza o número de 4.250
garis -a média entre o número
máximo e o mínimo informados
pelo Selur (que representa as próprias contratadas)- para o cálculo da capacidade de varrição
das empresas.
A capacidade máxima de varrição dos garis é obtida pela multiplicação da quantidade média de
garis (4.250) pela produtividade
média diária de cada um deles
(1.500 metros).
Para verificar a capacidade
mensal dos garis, os estudos técnicos da prefeitura multiplicam
os números diários pelo coeficiente de 25,25 (média dos dias de
cada mês, exceto domingos).
As medições da varrição de calçadões são feitas em metros quadrados. Para verificar a capacidade de varrição dos garis nos calçadões, a Folha utiliza a mesma produtividade das sarjetas, considerando que elas tenham largura
média de 50 centímetros -a largura da vassoura.
(RC)
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