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Diolinda volta
com apoios
PAULO HENRIQUE BRAGA
de Londres
Com a viagem que faz à
Europa, a líder sem terra
Diolinda Alves de Souza já
conseguiu de diversas entidades internacionais o
compromisso de enviar observadores ao novo julgamento de seu marido, José
Rainha Júnior.
Segundo Adnor Bicalho,
um dos fundadores do
MST, que acompanha Diolinda na viagem, já está
confirmada a ida para o
Brasil de dois deputados de
esquerda suíços, um representante do Conselho Mundial de Igrejas e de representantes dos Ministérios
de Relações Exteriores da
Holanda e da Suíça.
A Anistia Internacional
também enviará um observador para o julgamento de
Rainha, marcado para o
próximo dia 16.
Ele disse também que
grupos de apoio aos
sem-terra em todo o mundo estarão representados.
Citou organizações no
Canadá, Espanha, Alemanha, França, Filipinas e em
toda a América Latina.
Adnor participou na noite
de ontem de um debate sobre os sem-terra organizado pela Liga Comunista do
Reino Unido. O grupo é um
micropartido que tem como principal modelo ideológico a Revolução Cubana.
O partido britânico vê no
MST um exemplo de que
"o contra-ataque dos trabalhadores contra o capitalismo recomeçou".
Rose Knight, uma funcionária do setor ferroviário
que viveu no Brasil na década de 60, disse que a ação
dos sem-terra no Brasil
marca o início de "um novo período de luta" para os
socialistas.
Diolinda não foi ao encontro de ontem porque
sentiu enjôo depois de comer em um restaurante indiano. Segundo Iara Evans,
integrante do grupo de
apoio ao MST em Londres,
o problema não era grave.
Anteontem, Diolinda e
Adnor foram ao bairro do
Soho, na região central de
Londres, conhecer o Red
Lion, uma bar frequentado
no século passado por Karl
Marx e Friedrich Engels. No
local, os dois decidiram redigir o "Manifesto Comunista", publicado em 1848.
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