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PM é acusado de tentar matar
DA AGÊNCIA FOLHA
O cabo da PM de Rondônia Geraldo João Rodrigues estará sentado hoje no banco dos réus do 1º
Tribunal do Júri de Porto Velho
(RO).
Ele é o único PM entre os réus
do massacre de Corumbiara que
não responderá por nenhuma das
mortes ocorridas no episódio.
A denúncia contra o cabo é por
tentativa de homicídio qualificado contra o sem-terra Moacir Camargo Ferreira, no momento em
que os sem-terra, já presos e
amarrados, eram transportados
de caminhão para a delegacia de
Vilhena (RO).
O cabo é acusado pelo Ministério Público de disparar um tiro
contra Ferreira pelo fato de o
sem-terra não ter dito ao policial
os nomes dos líderes dos invasores da fazenda Santa Elina. A bala
entrou pela clavícula direita e saiu
pelo lado direito do peito. Ferreira
sobreviveu.
O PM rejeita a acusação. Afirma
que a metralhadora que carregava
pendurada no ombro disparou
acidentalmente.
O relatório do coronel João Carlos Balbi, encarregado pelo IPM
(Inquérito Policial Militar) do caso Corumbiara, sustenta a versão
do cabo.
"Rispidamente, os presos eram
colocados ordenadamente na
carroceria do caminhão entre socos, pontapés, pescoções e bordoadas, quando disparou a metralhadora portada pelo cabo",
escreveu o coronel.
Até agora, dois policiais militares foram condenados e dois, absolvidos. O julgamento vai até 6
de setembro.
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