São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2000


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PM é acusado de tentar matar

DA AGÊNCIA FOLHA

O cabo da PM de Rondônia Geraldo João Rodrigues estará sentado hoje no banco dos réus do 1º Tribunal do Júri de Porto Velho (RO).
Ele é o único PM entre os réus do massacre de Corumbiara que não responderá por nenhuma das mortes ocorridas no episódio.
A denúncia contra o cabo é por tentativa de homicídio qualificado contra o sem-terra Moacir Camargo Ferreira, no momento em que os sem-terra, já presos e amarrados, eram transportados de caminhão para a delegacia de Vilhena (RO).
O cabo é acusado pelo Ministério Público de disparar um tiro contra Ferreira pelo fato de o sem-terra não ter dito ao policial os nomes dos líderes dos invasores da fazenda Santa Elina. A bala entrou pela clavícula direita e saiu pelo lado direito do peito. Ferreira sobreviveu.
O PM rejeita a acusação. Afirma que a metralhadora que carregava pendurada no ombro disparou acidentalmente.
O relatório do coronel João Carlos Balbi, encarregado pelo IPM (Inquérito Policial Militar) do caso Corumbiara, sustenta a versão do cabo.
"Rispidamente, os presos eram colocados ordenadamente na carroceria do caminhão entre socos, pontapés, pescoções e bordoadas, quando disparou a metralhadora portada pelo cabo", escreveu o coronel.
Até agora, dois policiais militares foram condenados e dois, absolvidos. O julgamento vai até 6 de setembro.


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