São Paulo, quinta-feira, 23 de agosto de 2007

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Tucano quer reassumir liderança na Assembléia

Bragato teve processo arquivado em São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado estadual Mauro Bragato disse ontem, um dia após o arquivamento do processo contra ele no Conselho de Ética da Assembléia de São Paulo, que pretende reassumir a liderança do PSDB em 15 dias.
Investigado pelo Ministério Público sob a suspeita de ter recebido dinheiro de empresa contratada para construção de casas populares da CDHU, Bragato afirmou que fixará a data da volta na próxima semana, em reunião com a bancada.
"Vou pedir uns 10, 15 dias, para organizar minha vida", disse Bragato, fora há um mês do cargo para dedicar-se à defesa.
Afirmando que o presidente do conselho, Hamilton Pereira (PT), agiu como "um magistrado", Bragato admitiu que o voto pelo arquivamento "ajuda muito". "Embora de oposição, ele é muito respeitado na Casa."
Para insatisfação do PT, a manifestação de Pereira foi usada por tucanos, ao longo do dia, como salvo-conduto de Bragato. O governador José Serra disse que, "por unanimidade, essa comissão decidiu que não havia elementos para o processo". "É uma decisão aqui da Assembléia. Tenho entendido inclusive que foi por unanimidade", registrou Serra, negando que o arquivamento esvazie o discurso do PSDB.
Dizendo-se perplexos com a decisão, petistas foram para a reunião de bancada dispostos a cobrar explicações. Houve até quem defendesse sua destituição. Só que o assíduo Pereira não foi. Recorrendo à crise do mensalão, ele disse que, da mesma forma que se opõe "à execração pública" de petistas, não poderia cometer a "mesma injustiça". Ontem à noite, o PT divulgou nota em que disse discordar do arquivamento. No plenário, tucanos se solidarizavam com Pereira. (CATIA SEABRA)


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