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Tucano quer reassumir liderança na Assembléia
Bragato teve processo arquivado em São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
O deputado estadual Mauro
Bragato disse ontem, um dia
após o arquivamento do processo contra ele no Conselho de
Ética da Assembléia de São
Paulo, que pretende reassumir
a liderança do PSDB em 15 dias.
Investigado pelo Ministério
Público sob a suspeita de ter recebido dinheiro de empresa
contratada para construção de
casas populares da CDHU, Bragato afirmou que fixará a data
da volta na próxima semana,
em reunião com a bancada.
"Vou pedir uns 10, 15 dias, para organizar minha vida", disse
Bragato, fora há um mês do cargo para dedicar-se à defesa.
Afirmando que o presidente
do conselho, Hamilton Pereira
(PT), agiu como "um magistrado", Bragato admitiu que o voto
pelo arquivamento "ajuda muito". "Embora de oposição, ele é
muito respeitado na Casa."
Para insatisfação do PT, a
manifestação de Pereira foi
usada por tucanos, ao longo do
dia, como salvo-conduto de
Bragato. O governador José
Serra disse que, "por unanimidade, essa comissão decidiu
que não havia elementos para o
processo". "É uma decisão aqui
da Assembléia. Tenho entendido inclusive que foi por unanimidade", registrou Serra, negando que o arquivamento esvazie o discurso do PSDB.
Dizendo-se perplexos com a
decisão, petistas foram para a
reunião de bancada dispostos a
cobrar explicações. Houve até
quem defendesse sua destituição. Só que o assíduo Pereira
não foi. Recorrendo à crise do
mensalão, ele disse que, da
mesma forma que se opõe "à
execração pública" de petistas,
não poderia cometer a "mesma
injustiça". Ontem à noite, o PT
divulgou nota em que disse discordar do arquivamento. No
plenário, tucanos se solidarizavam com Pereira.
(CATIA SEABRA)
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