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"Marcha é dos sem-rumo", diz FHC
da Reportagem Local
O presidente Fernando Henrique Cardoso se referiu ontem à
""Marcha dos 100 Mil", programada pela oposição e por trabalhadores rurais sem terra para quinta-feira, em Brasília, como a
""marcha dos sem-rumo".
""A meu ver, é a marcha dos
sem-rumo. Não propõe nada.
Criticar pode. Mas o que estão
propondo? Nada. Quem sabe
uma CPI para a privatização das
teles", afirmou, durante entrevista à Globonews.
Os organizadores do protesto
pretendem recolher 1 milhão de
assinaturas no abaixo-assinado
que será entregue ao presidente
da Câmara, Michel Temer
(PMDB-SP), pedindo a abertura
de uma CPI para investigar a privatização do Sistema Telebrás.
O movimento pede também a
abertura de processo contra FHC
por crime de responsabilidade.
Na avaliação do presidente, a
palavra de ordem preparada para
a manifestação -"Fora FHC"-
é ""antidemocrática".
""Um presidente eleito, que não
tem nenhuma acusação moral, falar de renúncia, de impeachment?
Isso mina não a mim. Mina a democracia. Uma oposição sem rumo, que não tem proposta, no
momento em que o povo torce
para que a coisa vá melhor, torce
para ir pior. Acho triste."
Fernando Henrique afirmou
ainda que, em uma situação ideal,
gostaria que os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e
Jader Barbalho (PMDB-PA)
-respectivamente, presidentes
do Senado e do PMDB- não dessem ""palpites" públicos a respeito
de seu governo.
""Se o mundo fosse como a gente
gosta, certamente (seria melhor).
Mas no Brasil não é assim e não
posso deixar de respeitar a opinião do presidente de um partido
e do presidente do Senado."
FHC defendeu as declarações de
ACM sobre o fim dos aumentos
de combustível, mas criticou a
abertura da CPI dos Bancos, proposta por Jader. ""A CPI, embora
tenha posto o governo no pelourinho, não apurou nada."
O presidente admitiu também
que, ""vendo de hoje", talvez tivesse sido melhor ter alterado antes a
política cambial brasileira.
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