São Paulo, Quinta-feira, 23 de Setembro de 1999
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PAINEL

Acordo paulista
Francisco Rossi vai entrar no PPB. Quer ser candidato a prefeito de São Paulo. Maluf, hoje, tende a não disputar a sucessão de Pitta e apoiaria Rossi em 2000. Mas ainda há uma pequena chance de Maluf concorrer.

Confiando na palavra
Rossi compra um pequeno risco ao entrar no PPB, pois Maluf controla o partido. Rossi não quer disputar em Osasco e acha que Maluf está 99% fora do páreo em SP. A articulação do lado de Rossi foi feita por Fernando Fantauzzi, que falou ainda com o PMDB e com o PL.

Criador e criatura
Maluf acha que não tem chance em um 2º turno na sucessão de Pitta. Ficaria a campanha inteira respondendo pelo desastre da gestão que apadrinhou. Seria melhor apoiar Rossi e avaliar a força para o pleito de 2002.

O palanque de 2000...
Avaliação oficiosa do TSE: legalmente, Collor não pode disputar nem tomar posse como prefeito de São Paulo, se eleito. Mas, com recursos jurídicos, pode arrastar sua candidatura durante todo o período eleitoral de 2000. É possível até que tenha o nome na cédula oficial.

...serve para 2002
Na cúpula do Judiciário, ouve-se que, ao final de uma batalha judicial, Collor seria derrotado no STF pouco antes da posse dos novos prefeitos. Ou seja: ele deve ter palanque para levantar poeira, medir seu cacife e posar de injustiçado.

Flerte eleitoral
O PT e o PPS disputam acirradamente o apoio de Erundina (PSB) na sucessão de Pitta. Marta Suplicy já teve seu encontro. Agora é Kapaz, que joga com a hipótese de ela ter o apoio de Ciro para ser candidata a governadora em 2002.

Governo fora
Tápias (Desenvolvimento) recusou convite para participar do seminário do Instituto da Cidadania, de Lula, sobre combate à pobreza. ACM já aceitou.

Pisando em ovos
Depois de receber Jader Barbalho, quinta passada, FHC topou conversar também com ACM. Encontro que poderia ocorrer ainda ontem à noite. Tema: a briga pela relatoria do PPA (Plano Plurianual).

Procura-se
O PFL lança hoje projeto pioneiro de filiação via Internet (www.pfl.org.br). Se houver algum candidato a Hildebrando (ex-pefelista), habilite-se.

Precisa mesmo
O governo do Acre dará início a uma campanha para tentar melhorar a imagem do Estado, abalada após uma sucessão de escândalos envolvendo a velha guarda da política local.

Outro lado
De Suplicy (PT-SP), sobre Maluf ironizar o fato de ele ter cancelado compromissos na campanha de 86: "Por orientação do PT, suspendi a agenda por três dias para me preparar para um debate. Não será com ofensas a mim e a Marta que Maluf irá se levantar".

Visita à Folha
Dilio Sergio Penedo, presidente da Embrapar (Embratel Participações S/A), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Jorge Rodriguez, presidente da Embratel, de Eduardo Levy Cardoso Moreira, diretor de Serviços, de Wallace Borges Grecco, do departamento de Publicidade, Imprensa e Relações Públicas, e de Agostinho Gaspar, presidente da Gaspar & Associados.

O presidente do Grupo Brasilinvest, Mário Garnero, visitou ontem a Folha.

O presidente da Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, Edemar Cid Ferreira, e o vice-presidente, Pedro Paulo de Sena Madureira, visitaram ontem a Folha.

TIROTEIO

De Renan Calheiros, senador do PMDB e ex-ministro da Justiça, sobre José Aníbal, secretário do governo paulista, que o chamou de ""pau-mandado" de quem quer centralizar a inspeção veicular e de mau-caráter por ter atacado Covas e seu filho, Zuzinha:
- Não polemizo com porta-voz de fofoqueiro. Ele foi um dos que me procuraram em nome do Covas e da Tejofran para pressionar pela estadualização da inspeção veicular.

CONTRAPONTO

Pequeno detalhe

Em reunião realizada ontem, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara discutiu a inclusão do ensino de filosofia no currículo do primeiro grau.
O deputado Gerson Peres (PPB-PA) pediu a palavra para defender a proposta. Contou que fora seminarista, o que lhe permitira uma formação humanista ao estudar Sócrates, Platão e filósofos da Antiguidade.
Enquanto falava, Peres era aparteado de vez em quando por um deputado do PT. Antes de conceder um aparte ao deputado Marcelo Déda (PT-SE), Peres resolve fazer uma declaração ao partido. Disse que aprendera a admirar o PT, que ao longo do tempo se tornara mais "light". Mas sobretudo, esclareceu, a admirar os deputados do PT:
- São estudiosos, competentes, inteligentes, pontuais, adoram trabalhar. Só tem um problema...
Fez-se silêncio na sala. Peres completou:
- ...são todos muito chatos!
A sala explodiu numa gargalhada.


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