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MATO GROSSO
STJ dá liminar a magistrado acusado de libertar traficantes
Juiz acusado de irregularidade por tribunal reassume o cargo
da Agência Folha, em Cuiabá
O juiz José Geraldo da Rocha
Barros Palmeira, afastado do
cargo desde 26 de março de 98
pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso, reassumiu ontem
suas funções na 1ª Vara de Falências e Concordatas.
Anteontem, o STJ (Superior
Tribunal de Justiça) concedeu
liminar que reconduziu o magistrado ao seu posto no Fórum
Cível de Cuiabá (MT). Ele foi
acusado de, entre outras coisas,
exigir dinheiro de traficantes
presos para libertá-los.
A decisão motivou protestos
de senadores da CPI do Judiciário, que estiveram ontem em
Cuiabá para iniciar as investigações sobre supostas irregularidades no Tribunal de Justiça.
O corregedor-geral do TJ, desembargador Paulo Lessa, não
quis comentar a decisão do STJ.
Palmeira foi denunciado pelo
Ministério Público Estadual em
março de 95. Na época, foi acusado de exigir dinheiro para soltar traficantes de presídios (crime de concussão).
Na denúncia constam também facilitação de prostituição
em presídios, subtração e inutilização de documentos públicos
e falsidade ideológica.
Os juízes do STJ consideraram
que o afastamento de Palmeira
pelo TJ do Mato Grosso não
obedeceu a critérios estabelecidos pela Constituição.
De acordo com a lei, pelo menos dois terços dos 20 desembargadores do TJ deveriam ter
votado pelo afastamento de Palmeira, o que não aconteceu
-foram 10 votos a favor, quando seriam necessários 12.
O TJ do Mato Grosso deverá
fazer novo julgamento do juiz.
Palmeira foi procurado pela
Agência Folha. A assessoria do
juiz informou que ele preferia
não comentar o assunto.
O senador José Eduardo Dutra (PT-SE), que integra a CPI,
afirmou que a decisão do STJ
sobre Palmeira deveria ter sido
adiada.
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