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São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2003

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PAINEL

Prato cheio
O PT está montando equipes para acompanhar "in loco" as famílias beneficiadas pelo Fome Zero. O chamado "Talher Nacional do PT" já possui núcleos de organização em 21 Estados, formados, "preferencialmente, por militantes da área de formação política" do partido.

Política de resultados
Cada núcleo estadual do "Talher do PT" possui quatro militantes, encarregados de montar as equipes que farão o trabalho de campo junto aos beneficiados do Fome Zero. Segundo o partido, a missão é atuar no processo de "educação cidadã".

Direitos iguais
Marlene Rocha, secretária do PT para o Fome Zero, diz que o partido faz um "serviço social e transparente". Afirma não possuir acesso ao cadastro de beneficiados. "O programa atende cidades com até 75 mil pessoas. É só procurar os bolsões de pobreza." E sugere: "Que os outros partidos façam o mesmo".

Grau de influência
Além do trabalho de campo pelo "Talher do PT", o partido instituiu uma coordenação estadual para o Fome Zero, a fim de mobilizar o PT para a causa e fiscalizar o programa. Entre os responsáveis, há, coincidentemente, parlamentares. Exemplo: deputado Odair Cunha, de MG.

Hora do lazer
Chamado por Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) de seu "consultor especial", o marqueteiro Duda Mendonça divertiu-se no final de semana em um campeonato de briga de galo na cidade de Feira de Santana (BA).

Cordão partidário
A direção do PSB deverá se reunir amanhã, a pedido do governador Ronaldo Lessa (AL), para assinar uma nota oficial de apoio à permanência de Roberto Amaral no Ministério da Ciência e Tecnologia, o único do partido na Esplanada.

Me engana que eu gosto
Indagado sobre a agressividade da política externa brasileira em relação aos EUA, Celso Amorim (Relações Exteriores) saiu-se com esta: "Nossa política não é agressiva. É doce". Detalhe: ontem, Lula criticou duramente a forma de combate ao terror de George W. Bush.

Democracia petista
Os jornalistas que acompanham a viagem de Lula deram o troféu simpatia a Alejandro Toledo (Peru). Num seminário sobre terrorismo, Toledo deixou a área vigiada pelo serviço secreto dos EUA e foi dar uma entrevista aos repórteres de seu país. Já Lula passa longe da imprensa.

A conferir
A medida provisória que o governo vai publicar para liberar a safra 2003/ 2004 de soja transgênica no RS trará uma série de restrições para a comercialização do produto. Em tese para desestimular o uso das sementes modificadas no plantio.

Conte outra vez
Restrições aos transgênicos também foram adotadas no início do ano, quando Lula liberou a comercialização mediante rotulagem do produto. Mas não houve fiscalização. Resta saber se, desta vez, o governo vai multar quem infringir a legislação.

No andar de cima
Mais de 400 desembargadores de todo o país concorrem hoje a uma vaga no Superior Tribunal de Justiça. O Rio foi o recordista, com 107 candidatos inscritos.

Visitas à Folha
Matilde Ribeiro, ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Sionei Ricardo Leão, assessor de comunicação.
 
Sheila Lobato, diretora da LobatoMerlin Editores, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

De Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência (gestão FHC), sobre o procurador Luiz Francisco ter tirado licença:
-Como é que ele, pobre herói da luta anticorrupção, decide viajar para o exterior e para a boa vida no meio da apuração do caso Banestado e deixar toda essa corrupção impune? Que vergonha...

CONTRAPONTO

Sintonia fina

Fernando Collor de Mello, então no PMDB, foi eleito em 1986 para o governo de Alagoas, onde construiu a fama de "caçador de marajás" por meio da qual tornou-se conhecido nacionalmente e se cacifou para a eleição presidencial de 1989.
Durante sua gestão em Alagoas, Collor nomeou um correligionário para a Ouvidoria Geral do Estado: João Caldas, hoje deputado federal pelo PL.
Já naquela época, Caldas sofria de problemas na audição. A redução é de 30% no ouvido direito e de 40% no esquerdo.
Um outro aliado, responsável pela articulação política do governador, só enxergava com um olho. Certo dia, durante uma reunião, um assessor de Collor aproximou-se do governador e ironizou:
-Governador, alguma coisa está errada no governo. O seu ouvidor é mouco. E o seu homem de visão é cego.


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