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São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2003

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MEMÓRIA

Risoleta Neves morreu anteontem, no Rio

Viúva de Tancredo é enterrada em Minas

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O corpo de Risoleta Neves foi enterrado às 11h de ontem no mesmo túmulo do seu marido, o presidente Tancredo Neves (1910-85), no cemitério da igreja de São Francisco de Assis, em São João Del Rey (MG).
O enterro mobilizou a cidade e foi acompanhado por autoridades empresariais e religiosas, além de políticos. O vice-presidente José Alencar (PL-MG) representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está nos Estados Unidos.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que assumiu a Presidência da República em 1985 na vaga de Tancredo -ele morreu sem tomar posse-, disse: "Uma mulher extraordinária, culta, inteligente que marcou com o seu exemplo a vida brasileira. Ela, ao lado de Tancredo Neves, não só completou a sua vida como ajudou a sua carreira política".
Também compareceu Paulo Maluf (PP-SP), adversário de Tancredo no Colégio Eleitoral, em 1985. Para ele, Risoleta foi "o ponto de apoio a Tancredo para chegar ao governo de Minas e à Presidência".
O governador de Minas, Aécio Neves, neto de Risoleta, chegou à cidade no início da manhã, vindo da Europa. "Dona Risoleta foi, em determinado momento da história recente, um grande exemplo de companheirismo, em um primeiro momento, e de fibra e coragem, no segundo momento [...]. Para nós, seus familiares, é um exemplo de bondade, de seriedade e de solidariedade". Ela morreu anteontem no Rio, onde estava internada, aos 86 anos, de diverticulite (inflamação na parede intestinal).


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