DO ENVIADO ESPECIAL A RECIFE

O senador eleito Cristovam Buarque (PT-DF) levou a Luiz Inácio Lula da Silva a proposta de criação do Ministério do Ensino Superior, uma pasta específica para cuidar das universidades federais. "A economia tem cinco ministérios (Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento, Trabalho e Minas e Energia) e a agricultura tem dois (além do próprio, o da Reforma Agrária). Por que não criar um ministério para o ensino fundamental e outro para as universidades?", questiona Cristovam, um dos cotados para o Ministério da Educação de Lula.
A proposta de Cristovam é mais uma em análise por Lula para a educação. A outra prevê transferir para o Ministério da Ciência e Tecnologia a administração das universidades. Essa última vem sendo recebida com temor por pesquisadores, por um suposto risco de a administração das universidades obrigar a redução dos recursos para pesquisas.

Proposta
O próprio Cristovam afirma que é uma proposta sua, não do PT, e que precisa ser debatida. "O MEC cuidaria do ensino fundamental e das políticas educacionais e o Ministério do Ensino Superior, das universidades."
Outra proposta polêmica de Cristovam refere-se aos novos ministros. O senador eleito aconselhou Lula a não nomear ninguém que tenha obtido agora seu primeiro mandato em um cargo específico. É o caso dele e do senador eleito por São Paulo Aloizio Mercadante, mas não do deputado federal José Dirceu (SP), reeleito para a Câmara.
Questionado se aceitaria ser ministro, mesmo na véspera de iniciar seu primeiro mandato no Senado, o petista respondeu: "Se ele me chamar eu aceito, porque não se nega convite a presidente da República." (PF)


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