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INVESTIGAÇÃO
Acusados questionam credibilidade de depoente
Depoimento envolve políticos do Nordeste em lavagem de dinheiro
DA AGÊNCIA FOLHA
Uma série de políticos nordestinos foi envolvida em um suposto
esquema de lavagem de dinheiro
e de evasão de verbas para o exterior em um depoimento a procuradores da República na Paraíba,
em 16 de outubro passado.
O depoente, o pernambucano
Alexandre Magero Araújo -com
pelo menos 17 passagens pela polícia, citou, entre outros, o deputado federal Inocêncio Oliveira
(PFL-PE), o senador Carlos Wilson (PTB-PE), o governador eleito da Paraíba, Cássio Cunha Lima
(PSDB), o deputado federal eleito
e presidente nacional do PSB, Miguel Arraes, Wilma de Faria
(PSB), governadora eleita do Rio
Grande do Norte, e o ex-governador do Ceará e senador eleito,
Tasso Jereissati (PSDB). Todos
negam as acusações.
A história foi divulgada ontem
pela página na internet da revista
"IstoÉ", em texto que omitiu os
nomes de Tasso e Arraes.
No depoimento, ao qual a
Agência Folha teve acesso, Magero afirma que descobriu as supostas contas de políticos no exterior
em 1996, quando trabalhava para
a Anacor Câmbio e Turismo
-empresa que, segundo ele, fazia
as remessas ilegais de dinheiro
para fora do Brasil. O depoimento
foi encaminhado à Procuradoria
Geral da República, em Brasília,
no início deste mês.
Todos os citados por Magero
questionaram a credibilidade do
depoente, que não foi localizado
ontem pela reportagem. Tasso Jereissati classificou a história de
"absurda" e disse: "Nunca ouvi
falar desse sujeito [Magero] nem
dessa empresa. Não tenho a menor idéia de quem sejam".
(EDUARDO SCOLESE e MAURO ALBANO)
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