São Paulo, sábado, 24 de janeiro de 2004

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Para reitores, linha será mantida

DA REPORTAGEM LOCAL

A substituição de Cristovam Buarque por Tarso Genro não irá alterar a condução dos principais projetos do Ministério da Educação, na opinião de especialistas ouvidos pela Folha. "Buarque colocou em discussão grandes questões, como a reforma universitária, que haviam sido esquecidas por décadas e interessam a todos. Tarso vai continuar o trabalho", diz Paulo Alcântara Gomes, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras.
Para José Domingues Godoi Filho, vice-presidente do Andes (sindicato dos professores universitários), a gestão de Tarso será marcada pela diminuição do diálogo com a sociedade. Afinal, segundo Filho, a insistência no debate foi a causa do desgaste político de Cristovam: "Ele era uma pedra no sapato do governo. Cobrava verbas, quando havia uma decisão política de não aplicar em educação. Isso incomodava".
Mas há quem veja na entrada de Tarso a possibilidade de uma ampliação dessas discussões, como Wrana Panizzi, reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: "Nós o conhecemos de Porto Alegre e ele tem uma prática de diálogo. O que a gente acha que vai acontecer é um aprofundamento dessa discussão com a comunidade". (AMARÍLIS LAGE)


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