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Para reitores, linha será mantida
DA REPORTAGEM LOCAL
A substituição de Cristovam
Buarque por Tarso Genro não irá
alterar a condução dos principais
projetos do Ministério da Educação, na opinião de especialistas
ouvidos pela Folha. "Buarque colocou em discussão grandes questões, como a reforma universitária, que haviam sido esquecidas
por décadas e interessam a todos.
Tarso vai continuar o trabalho",
diz Paulo Alcântara Gomes, presidente do Conselho de Reitores
das Universidades Brasileiras.
Para José Domingues Godoi Filho, vice-presidente do Andes
(sindicato dos professores universitários), a gestão de Tarso será
marcada pela diminuição do diálogo com a sociedade. Afinal, segundo Filho, a insistência no debate foi a causa do desgaste político de Cristovam: "Ele era uma pedra no sapato do governo. Cobrava verbas, quando havia uma decisão política de não aplicar em
educação. Isso incomodava".
Mas há quem veja na entrada de
Tarso a possibilidade de uma ampliação dessas discussões, como
Wrana Panizzi, reitora da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul: "Nós o conhecemos de Porto
Alegre e ele tem uma prática de
diálogo. O que a gente acha que
vai acontecer é um aprofundamento dessa discussão com a comunidade".
(AMARÍLIS LAGE)
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