São Paulo, quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

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Por aliança, Kassab e Alckmin se encontram

Pré-candidatos à prefeitura de SP, eles almoçam para tentar uma aproximação

Dez vereadores tucanos ensaiaram apoio a Kassab, mas abortaram operação diante de tentativas de trégua entre DEM e PSDB

Caio Guatelli - 1º.out.2006/Folha Imagem
Gilberto Kassab com os tucanos Geraldo Alckmin, FHC e José Serra, durante a eleição de 2006


CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em disputa pelo direito de representar o bloco PSDB-DEM na eleição de outubro, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e o ex-governador Geraldo Alckmin almoçaram ontem numa tentativa de aproximação. Após enaltecer a importância da aliança, ambos admitiram a possibilidade de abrir mão da disputa em benefício da coligação.
Segundo interlocutores, os dois apontaram como naturais as duas candidaturas. Da mesma forma que considerariam legítimos os apelos pela manutenção da aliança.
"Estamos à procura de uma solução. De repente, a caminho dela. Confio muito nisso", comemorou o anfitrião José Henrique Reis Lobo, presidente do PSDB de São Paulo. Segundo ele, o encontro de ontem foi um passo formidável". "É uma abertura de diálogo", elogiou o deputado federal Sílvio Torres (PSDB-SP), um dos mais fiéis aliados de Alckmin.
Enquanto isso, continua a movimentação dos adeptos das duas pré-candidaturas. Num jantar anteontem, 10 dos 12 vereadores do PSDB discutiram a hipótese de manifestação em favor da manutenção da aliança com Kassab. Em viagem ao exterior, o líder Carlos Bezerra foi consultado por telefone, segundo relato de participante. Já Tião Farias não foi por ser aliado de Alckmin.
No jantar, chegou a se falar em anúncio de uma decisão pró-Kassab amanhã. Um texto em favor da candidatura única foi redigido. Mas o movimento foi abortado na noite de ontem, devido à suposta trégua.
Na trincheira alckmista, a manhã foi marcada por uma reunião entre o ex-governador e 23 dos 27 pré-candidatos tucanos a prefeituras da região metropolitana. Segundo participantes, Alckmin reafirmou a defesa da candidatura própria sob o argumento de que o PSDB abrirá espaço para o PT se não concorrer. São Paulo, avalia, é uma vitrine para 2010.
O ex-governador pregou a candidatura própria após café da manhã com o ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen, que defendeu a aliança. "Eu disse ao Alckmin que a eleição de 2008 tem ligação com 2010."
Durante o almoço com Kassab, Alckmin fez questão de lembrar a solidez da aliança entre os dois partidos. A reunião foi agendada na véspera pelo presidente estadual do PSDB.


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