Página virada
José Serra disse à cúpula do PSDB que considera a candidatura da pefelista Roseana Sarney irreversível. Para o presidenciável tucano, o partido tem de se preocupar em fechar alianças com o PMDB e com o PPB.

Cárie na aliança
Para Serra, uma união com PFL só será possível se ele for ao segundo turno contra Lula. A amigos, disse que a candidatura Roseana é "pasta de dente fora do tubo". "Não dá mais para colocar o PFL de volta na aliança."

Linha de frente
A licença de Bornhausen (PFL) do Senado para dedicar-se à campanha de Roseana é uma evidência, para Serra, de que a candidatura dela não tem mais volta. "Não faria isso se fosse desistir no futuro. Ele se queimaria à toa", diz outro tucano.

Fora de compasso
Constatação maldosa do PFL: Até pouco tempo, nas entrevistas, Serra só queria falar sobre o Ministério da Saúde, enquanto todos queriam lhe perguntar sobre a eleição. Agora, com a dengue, o tucano só quer falar de política, mas todos querem saber sobre a saúde pública.

Tony, o Tonho
Aconselhado por seus marqueteiros, Anthony Garotinho tem se apresentado em seus comícios no Nordeste como Antônio. Acha que fica mais fácil para os eleitores repetirem o nome.

Salva-vidas
O PPS também está pressionado o Tribunal Superior Eleitoral contra a uniformização das coligações nas campanhas. O partido de Ciro Gomes considera que essa decisão acabaria com a chance de aliança com o PTB.

Matemática baiana
ACM definiu que irá disputar mesmo uma vaga no Senado e que Paulo Souto será o candidato ao governo da Bahia. Waldeck Ornélas será o vice de Souto e César Borges completará a chapa pefelista ao Senado.

Democracia interna
Eduardo Suplicy (PT-SP) não aceita a recusa de Lula em comparecer aos debates das prévias do partido para a eleição presidencial. O senador lembrará à Executiva Nacional do PT de que os debates são uma exigência prevista no estatuto da sigla.
Sem composição
A crise aberta no PT pela aliança com o PL do senador-empresário José Alencar e da Igreja Universal reforçou a intenção de Suplicy de querer um debate com Lula. Segundo o senador, "aí está um ponto de discórdia" entre os dois pré-candidatos.
Intriga internacional
O governo do Chile pediu explicações formais a Fidel Castro sobre o apoio que o regime cubano teria dado aos integrantes da Força Patriótica Manuel Rodríguez após a fuga da prisão no Chile em 96 -e que agora estão envolvidos no caso Olivetto.
Advogado transgênico
O governo escalou Gilmar Mendes (AGU) para defender a liberação do plantio dos transgênicos no país, no julgamento da ação sobre o tema, segunda-feira, no tribunal federal do DF. A União estará ao lado da Monsanto, gigante do setor, e contra consumidores e Greenpeace.
Novo anão
Uma investigação da Polícia Federal em Brasília localizou uma pessoa que diz ter ganho 105 vezes em concursos de sorte. Suspeita-se de lavagem de dinheiro. Na CPI dos anões do Orçamento (1993), o deputado João Alves (PFL-BA) disse ter vencido "200 vezes" na loteria.
Pacto da esquerda
Luiza Erundina (PSB) irá propor a José Genoino (PT) que aquele que estiver pior nas pesquisas desista da disputa pelo governo paulista se, a médio prazo, ficar evidente que, divididos, promoverão um segundo turno entre Paulo Maluf (PPB) e Geraldo Alckmin (PSDB).

TIROTEIO

Do deputado federal Michel Temer, presidente do PMDB, sobre a possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral obrigar que as coligações formadas para a eleição nacional sejam repetidas nos Estados:
- Se isso realmente ocorrer, chego à conclusão de que as eleições de 1998 foram ilegais, já que foram realizadas sob o império da mesma lei.

CONTRAPONTO

Truque revelado

Em 97, Francisco Dornelles (Trabalho) era importante articulador do governo pela reeleição. O deputado Gerson Péres (PPB-PA) estava disposto a votar contra a emenda porque o representante do ministro Sérgio Motta (Comunicações) no Pará não atendia a seus pedidos.
Dornelles levou Péres a Motta. Imediatamente, Motta pegou o telefone, discou alguns números e falou impropérios.
- Tem de atender os pedidos do deputado até quarta, senão você está perdido!
Péres prometeu votar com o governo. Assim que ele saiu, Dornelles reclamou com Motta:
- Não tinha ninguém do outro lado da linha!
Assustado, Motta perguntou como o colega tinha descoberto.
- Trabalhei muito com o Tancredo e ele sempre fazia isso. Agora liga para o Pará e faça os pedidos de verdade, senão o Gerson não vota com a gente!


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