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Sem pefelista, tucano cresce, mas fica atrás do petista 14 pontos e empata tecnicamente em 2º com Garotinho
Sem Serra, Lula tem 29%, e Roseana, 28%
DA REPORTAGEM LOCAL
A governadora Roseana Sarney
(PFL) é hoje o nome do bloco situacionista mais bem posicionada, na hipótese de seu partido, o
PSDB e o PMDB decidirem ter
candidato único. Roseana cresceu
oito pontos percentuais no cenário em que José Serra (PSDB) e
Itamar Franco (PMDB) são retirados da disputa.
A pefelista atinge 28% e aparece
outra vez tecnicamente empatada
com o pré-candidato do PT Luiz
Inácio Lula da Silva, com 29%.
Em dezembro, último mês em
que o Datafolha fez pesquisa com
esse cenário, o petista surgia com
34% das intenções de voto, cinco
pontos a mais do que agora.
Na hipótese em que Roseana cede a vaga de candidato da tríplice
aliança a José Serra (PSDB), o ex-ministro cresce cinco pontos (vai
de 11% para 16%), mas é derrotado por Lula por 14 pontos de diferença, mesmo o petista perdendo
quatro pontos na comparação
com o levantamento anterior (indo de 36% para 32%).
Como a margem de erro é de
dois pontos percentuais para
mais ou para menos, Serra fica
empatado tecnicamente com o
governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB), que obtém 19%,
um crescimento de quatro pontos
nesse cenário.
Ciro Gomes (PPS) ficaria estacionado em 13%, também tecnicamente empatado com Serra,
mas distante de Garotinho.
Sozinha como candidata governista, Roseana se destaca entre as
mulheres (com nove pontos percentuais a mais do que entre os
homens), entre os jovens e eleitores na faixa entre 25 e 34 anos
(30%), e nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, nas quais supera
Lula -por 35% a 31% na primeira e 31% a 26% na segunda.
Garotinho nesse cenário atinge
16% dos votos, um crescimento
de três pontos percentuais. Ciro
Gomes aparece com 11%, queda
de três pontos na comparação
com dezembro do ano passado.
Sendo Serra o candidato governista, o tucano se destaca entre os
jovens (18% das intenções de voto), entre os eleitores com mais de
60 anos (19%) e entre os votantes
do Sul (19%) e do Sudeste (17%).
Um dos auxiliares próximos de
Roseana comentou na semana
passada que a governadora ainda
tem dúvidas sobre sua candidatura presidencial. Ela calcula que
poderá ter um desgaste elevado,
seja por causa dos índices sociais
do Maranhão seja por ser filha de
José Sarney, que encerrou sua
gestão na Presidência (1985-1990)
com hiperinflação e denúncias de
corrupção, que deram munição
para a candidatura de Fernando
Collor na eleição de 1989.
A pefelista avalia que conseguiria facilmente ser eleita senadora
por seu Estado, numa campanha
menos estafante e que, com a desistência, aumentaria seu cacife
num eventual governo de um
aliado de FHC -no caso, Serra.
Mas sua performance nas pesquisas, até aqui em linha ascendente, traz estímulo para tentar a
sua cartada mais alta. O projeto
político do PFL a leva também
nesse sentido, com a possibilidade de eleger uma bancada forte no
Congresso Nacional e diversos
governadores, em uma chapa puxada por Roseana.
Serra começou na semana passada -ao deixar o Ministério da
Saúde e entrar de vez em campanha- a tentativa de se mostrar
viável como candidato, se não da
tríplice aliança, ao menos do
PSDB. A preocupação é com a
epidemia de dengue, iniciada depois do Carnaval e que está no seu
auge. Mas seus efeitos eleitorais só
devem aparecer na próxima pesquisa, fundamental como termômetro de sua candidatura.
(PLÍNIO FRAGA)
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