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Pefelista amplia sua liderança no 2º turno
DA REPORTAGEM LOCAL
Na simulação de um eventual
segundo turno nas eleições presidenciais, a pefelista Roseana Sarney abriu 12 pontos de vantagem
sobre o petista Luiz Inácio Lula da
Silva - 51% a 39%, revela a pesquisa Datafolha. No levantamento anterior, de janeiro, a diferença
era de seis pontos (46% a 40%).
Se o candidato hoje no segundo
turno contra Lula fosse o tucano
José Serra, o petista estaria na
frente por 46% a 41%. Mas Serra
registra nessa hipótese um crescimento de sete pontos percentuais,
e Lula, uma oscilação negativa de
dois pontos -já que essa é a margem de erro da pesquisa.
Lula também teria uma vitória
apertada contra Anthony Garotinho, do PSB (45% a 41%). O governador do Rio apresenta um
crescimento de seis pontos. Na
pesquisa de janeiro, a diferença
entre ele e Lula era de 12 pontos
(35% a 47%), tendo sido reduzida
agora para quatro.
Esse resultado fica no limite do
empate técnico. O petista pode ter
entre 43% e 47% dos votos, e o governador, entre 39% e 43%, mas
estatisticamente são mínimas as
chances de Lula estar em seu menor percentual de votos e Garotinho no seu maior índice.
Lula só manteria folgada liderança no segundo turno se o candidato que o enfrentasse fosse Ciro Gomes (PPS). O petista venceria por 47% a 39%, oito pontos à
frente, numa diferença que já havia sido de 11 pontos.
É certo porém que, a quase oito
meses da eleições, se as simulações eleitorais para o primeiro
turno têm sua própria fragilidade
pela indefinição do quadro de
candidatos, as incertezas se ampliam no caso do segundo turno.
Os especialistas costumam dizer que é de fato uma nova eleição. Os candidatos têm quase um
mês de campanha, que estimula o
enfrentamento direto, principalmente porque o tempo da propaganda eleitoral gratuita passa a ser
igual -dez minutos por programa para cada candidato, duas vezes ao dia.
Os petistas tentam contestar
uma suposta resistência às candidaturas do partido nesse caso
-por associação a propostas e
candidatos radicais.
É fato que Lula perdeu o segundo turno contra Fernando Collor,
por uma diferença de quatro pontos percentuais em 1989. Mas, em
1994 e 1998, foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso no primeiro turno, na primeira eleição
sob o embalo do Real e, na segunda, na crise de confiança do mercado financeiro internacional.
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