São Paulo, domingo, 24 de fevereiro de 2002

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Pefelista amplia sua liderança no 2º turno

DA REPORTAGEM LOCAL

Na simulação de um eventual segundo turno nas eleições presidenciais, a pefelista Roseana Sarney abriu 12 pontos de vantagem sobre o petista Luiz Inácio Lula da Silva - 51% a 39%, revela a pesquisa Datafolha. No levantamento anterior, de janeiro, a diferença era de seis pontos (46% a 40%).
Se o candidato hoje no segundo turno contra Lula fosse o tucano José Serra, o petista estaria na frente por 46% a 41%. Mas Serra registra nessa hipótese um crescimento de sete pontos percentuais, e Lula, uma oscilação negativa de dois pontos -já que essa é a margem de erro da pesquisa.
Lula também teria uma vitória apertada contra Anthony Garotinho, do PSB (45% a 41%). O governador do Rio apresenta um crescimento de seis pontos. Na pesquisa de janeiro, a diferença entre ele e Lula era de 12 pontos (35% a 47%), tendo sido reduzida agora para quatro.
Esse resultado fica no limite do empate técnico. O petista pode ter entre 43% e 47% dos votos, e o governador, entre 39% e 43%, mas estatisticamente são mínimas as chances de Lula estar em seu menor percentual de votos e Garotinho no seu maior índice.
Lula só manteria folgada liderança no segundo turno se o candidato que o enfrentasse fosse Ciro Gomes (PPS). O petista venceria por 47% a 39%, oito pontos à frente, numa diferença que já havia sido de 11 pontos.
É certo porém que, a quase oito meses da eleições, se as simulações eleitorais para o primeiro turno têm sua própria fragilidade pela indefinição do quadro de candidatos, as incertezas se ampliam no caso do segundo turno.
Os especialistas costumam dizer que é de fato uma nova eleição. Os candidatos têm quase um mês de campanha, que estimula o enfrentamento direto, principalmente porque o tempo da propaganda eleitoral gratuita passa a ser igual -dez minutos por programa para cada candidato, duas vezes ao dia.
Os petistas tentam contestar uma suposta resistência às candidaturas do partido nesse caso -por associação a propostas e candidatos radicais.
É fato que Lula perdeu o segundo turno contra Fernando Collor, por uma diferença de quatro pontos percentuais em 1989. Mas, em 1994 e 1998, foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso no primeiro turno, na primeira eleição sob o embalo do Real e, na segunda, na crise de confiança do mercado financeiro internacional.


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