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OUTRO LADO
Defesa pede adiamento
da Agência Folha, em Recife
Os advogados de 3 dos 24
acusados de envolvimento no
"escândalo da mandioca" tentaram ontem adiar o julgamento dos réus. Dois advogados requereram vistas nos autos e um
alegou motivos de saúde.
Os pedidos foram negados
pelo vice-presidente do tribunal e juiz relator da ação penal,
José Maria Lucena. Com isso,
fica praticamente afastada a
possibilidade de os envolvidos
serem beneficiados com a
eventual prescrição dos crimes,
que prescrevem em 16 anos.
Se o julgamento fosse adiado,
a defesa tentaria provar que a
Justiça recebeu a denúncia em
abril de 83, e não em 87, como
afirma a acusação. Caso a tese
fosse aceita, os acusados estariam livres do processo em menos de dois meses.
A polêmica sobre a data do
recebimento da denúncia pela
Justiça existe porque, em 83, a
ação foi entregue a um juiz federal da primeira instância,
que não teria poder para julgar
o caso.
Quatro anos depois, o mesmo
processo foi então remetido à
segunda instância, considerado o foro competente para o
julgamento dos envolvidos.
""Espichar o processo sempre
foi a grande estratégia da defesa", disse o procurador regional da República, Joaquim de
Barros Dias.
Segundo Barros Dias, nenhum dos acusados negou envolvimento no caso durante os
interrogatórios feitos ao longo
do processo.
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