São Paulo, Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 1999
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OUTRO LADO

Defesa pede adiamento

da Agência Folha, em Recife

Os advogados de 3 dos 24 acusados de envolvimento no "escândalo da mandioca" tentaram ontem adiar o julgamento dos réus. Dois advogados requereram vistas nos autos e um alegou motivos de saúde.
Os pedidos foram negados pelo vice-presidente do tribunal e juiz relator da ação penal, José Maria Lucena. Com isso, fica praticamente afastada a possibilidade de os envolvidos serem beneficiados com a eventual prescrição dos crimes, que prescrevem em 16 anos.
Se o julgamento fosse adiado, a defesa tentaria provar que a Justiça recebeu a denúncia em abril de 83, e não em 87, como afirma a acusação. Caso a tese fosse aceita, os acusados estariam livres do processo em menos de dois meses.
A polêmica sobre a data do recebimento da denúncia pela Justiça existe porque, em 83, a ação foi entregue a um juiz federal da primeira instância, que não teria poder para julgar o caso.
Quatro anos depois, o mesmo processo foi então remetido à segunda instância, considerado o foro competente para o julgamento dos envolvidos.
""Espichar o processo sempre foi a grande estratégia da defesa", disse o procurador regional da República, Joaquim de Barros Dias.
Segundo Barros Dias, nenhum dos acusados negou envolvimento no caso durante os interrogatórios feitos ao longo do processo.


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