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Confirmação de apuração na Suíça não muda nada, afirma Tosto
Advogado de Maluf diz que investigação não é surpresa
DA REPORTAGEM LOCAL
DO ENVIADO A GENEBRA
Ricardo Tosto, advogado do ex-prefeito Paulo Maluf (PPB), afirmou ontem que "não surpreende" a confirmação do procurador-geral de Genebra, Bernard
Bertossa, de que existe uma investigação judicial sobre o dinheiro
do pepebista depositado na Suíça
e depois transferido para Jersey.
"Isso não surpreende, visto que
foi emitida uma rogatória pela
Justiça brasileira solicitando à
Suíça informações sobre o assunto", explicou Tosto, indicado pela
assessoria de imprensa do ex-prefeito para responder às declarações de Bertossa.
"Se há mesmo investigações na
Suíça e em Jersey provavelmente
elas foram abertas depois disso",
completou o advogado, encarregado do caso.
"Vamos aguardar as informações que serão enviadas de lá. As
rogatórias serão respondidas e,
quando forem, tudo será explicado. O dr. Paulo já disse que não
tem esse dinheiro."
A carta rogatória é uma ordem
judicial que um país envia a outro,
por via diplomática, solicitando
determinada diligência.
Segundo Tosto, desde que as investigações foram iniciadas no
Brasil, nove cartas rogatórias foram encaminhadas à Suíça, aos
Estados Unidos e a Jersey.
"Desde que a apuração começou não há provas e continua não
havendo. Isso [as declarações"
não muda nada. Vamos aguardar", disse o advogado.
Na Suíça
O advogado suíço Carlo Lombardini, que representa o escritório de consultoria HBK Investiments Advisory S.A. na investigação sobre as movimentações financeiras de Maluf, disse à Folha
que não comentaria o caso.
A Folha não conseguiu localizar
o advogado Paul Gully Hart, do
escritório de advocacia suíço
Schellenberg Wittmer. Ele não
respondeu aos recados deixados
com sua secretária.
Apesar de terem sido identificadas ligações telefônicas da família
de Maluf para sua casa, Nanette
Connely Sistovaris, funcionária
do Citibank de Genebra, disse que
desconhecia o "Caso Maluf" e que
não tinha nada a dizer sobre o ex-prefeito paulistano. Sistovaris foi
localizada pela Folha no mesmo
telefone identificado pela quebra
de sigilo telefônico da família de
Maluf.
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