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Apenas um alvo da operação em SP foi trabalhar
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
No primeiro dia útil
após deflagrada a Operação Têmis, só um dos quatro magistrados investigados foi ao trabalho ontem.
Apenas o desembargador
Roberto Haddad esteve
ontem em seu gabinete no
18º andar do Tribunal Regional Federal.
Um andar acima, os funcionários do gabinete de
Alda Basto informaram
que a desembargadora está de férias desde a quinta-feira, véspera da operação,
com volta prevista para 19
de maio. O TRF não informou quando foi oficializado o pedido de férias.
O juiz Djalma Moreira
Gomes, da 25ª Vara Cível,
antecipou suas férias, que
irão começar amanhã. Dizendo-se abalado com as
acusações -sobre as
quais, repete, não tem conhecimento-, Gomes escolheu ontem o "conforto
dos amigos" da Associação
dos Juízes Federais de São
Paulo, num prédio vizinho
ao da Justiça Federal, escapando de olhares. "Esse
juízo silencioso me mata",
disse o juiz, afirmando que
sua situação é humilhante.
A juíza Maria Cristina
Cukierkorn, da 23ª Vara
Cível, está em período de
licença maternidade.
Procurado, Haddad se
manifestou por intermédio do advogado Nabor
Bulhões. O advogado disse
que seu cliente ficou surpreso com operação deflagrada na sexta-feira porque não cometeu nenhum
tipo de infração ou irregularidades que justificassem as medidas adotadas.
"Ele está ciente de que o
desenrolar das investigações irá demonstrar que a
inclusão do nome dele é
um enorme equívoco",
disse Bulhões.
Colaborou JOSÉ ALBERTO BOMBIG, da Reportagem Local
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