São Paulo, terça-feira, 24 de abril de 2007

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Apenas um alvo da operação em SP foi trabalhar

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro dia útil após deflagrada a Operação Têmis, só um dos quatro magistrados investigados foi ao trabalho ontem. Apenas o desembargador Roberto Haddad esteve ontem em seu gabinete no 18º andar do Tribunal Regional Federal.
Um andar acima, os funcionários do gabinete de Alda Basto informaram que a desembargadora está de férias desde a quinta-feira, véspera da operação, com volta prevista para 19 de maio. O TRF não informou quando foi oficializado o pedido de férias.
O juiz Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Cível, antecipou suas férias, que irão começar amanhã. Dizendo-se abalado com as acusações -sobre as quais, repete, não tem conhecimento-, Gomes escolheu ontem o "conforto dos amigos" da Associação dos Juízes Federais de São Paulo, num prédio vizinho ao da Justiça Federal, escapando de olhares. "Esse juízo silencioso me mata", disse o juiz, afirmando que sua situação é humilhante.
A juíza Maria Cristina Cukierkorn, da 23ª Vara Cível, está em período de licença maternidade.
Procurado, Haddad se manifestou por intermédio do advogado Nabor Bulhões. O advogado disse que seu cliente ficou surpreso com operação deflagrada na sexta-feira porque não cometeu nenhum tipo de infração ou irregularidades que justificassem as medidas adotadas.
"Ele está ciente de que o desenrolar das investigações irá demonstrar que a inclusão do nome dele é um enorme equívoco", disse Bulhões.


Colaborou JOSÉ ALBERTO BOMBIG, da Reportagem Local

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