São Paulo, terça-feira, 24 de abril de 2007

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Procurador diz ter convicção de crimes dos magistrados

Antonio Fernando de Souza pediu a prisão preventiva de quatro juízes e um procurador

O ministro do STJ Paulo Medina, um dos citados em denúncia do procurador-geral, conseguiu licença médica até o dia 18 de maio


SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, disse ontem estar "convicto" de que os quatro juízes e o procurador denunciados por ele ao Supremo Tribunal Federal cometeram crimes.
"A minha convicção é que todas as pessoas contra as quais ofereci denúncia realmente cometeram delitos. Espero portanto que haja condenação."
Na semana passada, o procurador-geral ofereceu denúncia contra eles e pediu a prisão preventiva dos cinco. No sábado, todos foram liberados da prisão temporária, por decisão do ministro do STF Cezar Peluso.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu a decisão de Peluso, dizendo que ela foi "técnica". "A Justiça entendeu que não haveria prejuízos para o andamento do processo e fez a liberação. Do ponto de vista técnico, não há erro nas decisões tomadas até agora."
Já o ministro do STF Marco Aurélio de Mello disse: "A atuação judicante se faz sem se levar em conta os envolvidos".
Um dos denunciados na Operação Hurricane, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina obteve ontem permissão para ficar até 18 de maio de licença médica. Na denúncia, o procurador-geral acusa Medina de praticar corrupção passiva, formação de quadrilha e prevaricação.
Em maio, o STF decidirá sobre a prisão preventiva de Medina, dos desembargadores federais José Eduardo Carreira Alvim e José Ricardo Regueira, do juiz trabalhista Ernesto Dória e do procurador regional da República João Sérgio Pereira.


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