|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Procurador diz ter convicção de crimes dos magistrados
Antonio Fernando de Souza pediu a prisão preventiva de quatro juízes e um procurador
O ministro do STJ Paulo Medina, um dos citados em denúncia do procurador-geral, conseguiu licença médica até o dia 18 de maio
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de
Souza, disse ontem estar "convicto" de que os quatro juízes e
o procurador denunciados por
ele ao Supremo Tribunal Federal cometeram crimes.
"A minha convicção é que todas as pessoas contra as quais
ofereci denúncia realmente cometeram delitos. Espero portanto que haja condenação."
Na semana passada, o procurador-geral ofereceu denúncia
contra eles e pediu a prisão preventiva dos cinco. No sábado,
todos foram liberados da prisão
temporária, por decisão do ministro do STF Cezar Peluso.
O ministro da Justiça, Tarso
Genro, defendeu a decisão de
Peluso, dizendo que ela foi "técnica". "A Justiça entendeu que
não haveria prejuízos para o
andamento do processo e fez a
liberação. Do ponto de vista
técnico, não há erro nas decisões tomadas até agora."
Já o ministro do STF Marco
Aurélio de Mello disse: "A atuação judicante se faz sem se levar em conta os envolvidos".
Um dos denunciados na Operação Hurricane, o ministro do
Superior Tribunal de Justiça
Paulo Medina obteve ontem
permissão para ficar até 18 de
maio de licença médica. Na denúncia, o procurador-geral
acusa Medina de praticar corrupção passiva, formação de
quadrilha e prevaricação.
Em maio, o STF decidirá sobre a prisão preventiva de Medina, dos desembargadores federais José Eduardo Carreira
Alvim e José Ricardo Regueira,
do juiz trabalhista Ernesto Dória e do procurador regional da
República João Sérgio Pereira.
Texto Anterior: Apenas um alvo da operação em SP foi trabalhar Próximo Texto: Juiz nega venda de sentença e se diz "machucado" e "desorientado" Índice
|