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Parceria com chineses não é ameaça
aos Estados Unidos, afirma Amorim
DE PEQUIM
A viagem à China que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
iniciou no sábado vai tirar a parceria estratégica entre o Brasil e o
país asiático do plano das idéias
para o campo prático e terá efeito
direto sobre o crescimento econômico brasileiro, na avaliação do
ministro das Relações Exteriores,
Celso Amorim. Para ele, a aproximação dos dois países não representa uma ameaça aos EUA.
Arquiteto da política de identificação do Brasil com outros grandes países em desenvolvimento,
Amorim afirmou que há uma forte tendência de aproximação entre as nações do sul. Nessa linha, o
fortalecimento dos laços entre
Brasil e China é fundamental.
"Estamos falando de um relacionamento entre o maior país
em desenvolvimento do hemisfério ocidental com o maior país em
desenvolvimento do hemisfério
oriental", ressaltou.
Para o ministro, um dos elementos que evidenciam a importância da viagem à China é o fato
de ela ter sido assunto de editorial
do inglês "Financial Times", considerado um dos mais importantes jornais do mundo. Em texto
publicado no final de semana, o
jornal observou que a ampliação
dos laços entre chineses e brasileiros representa uma ameaça à posição hegemônica que os Estados
Unidos ocupam atualmente.
Apesar de citar o editorial,
Amorim disse não ver motivos
para os norte-americanos se
preocuparem. "Os Estados Unidos são grandes demais para ficarem preocupados." Além disso, o
ministro acrescentou que o fortalecimento econômico do Brasil e
da China será benéfico para a economia mundial como um todo, já
que haverá aumento do mercado
consumidor. A parceria estratégica entre os países em desenvolvimento também reforçará suas posições nas negociações internacionais, disse.
(CT)
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