São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

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Parceria com chineses não é ameaça aos Estados Unidos, afirma Amorim

DE PEQUIM

A viagem à China que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou no sábado vai tirar a parceria estratégica entre o Brasil e o país asiático do plano das idéias para o campo prático e terá efeito direto sobre o crescimento econômico brasileiro, na avaliação do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Para ele, a aproximação dos dois países não representa uma ameaça aos EUA.
Arquiteto da política de identificação do Brasil com outros grandes países em desenvolvimento, Amorim afirmou que há uma forte tendência de aproximação entre as nações do sul. Nessa linha, o fortalecimento dos laços entre Brasil e China é fundamental.
"Estamos falando de um relacionamento entre o maior país em desenvolvimento do hemisfério ocidental com o maior país em desenvolvimento do hemisfério oriental", ressaltou.
Para o ministro, um dos elementos que evidenciam a importância da viagem à China é o fato de ela ter sido assunto de editorial do inglês "Financial Times", considerado um dos mais importantes jornais do mundo. Em texto publicado no final de semana, o jornal observou que a ampliação dos laços entre chineses e brasileiros representa uma ameaça à posição hegemônica que os Estados Unidos ocupam atualmente.
Apesar de citar o editorial, Amorim disse não ver motivos para os norte-americanos se preocuparem. "Os Estados Unidos são grandes demais para ficarem preocupados." Além disso, o ministro acrescentou que o fortalecimento econômico do Brasil e da China será benéfico para a economia mundial como um todo, já que haverá aumento do mercado consumidor. A parceria estratégica entre os países em desenvolvimento também reforçará suas posições nas negociações internacionais, disse. (CT)


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