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O RETORNO
Pivô de crise no governo Lula, jornalista fala sobre tráfico de órgãos
"NYT" publica novo texto de Rohter
DA REDAÇÃO
O jornal norte-americano
"The New York Times" publicou em sua edição de ontem a
primeira reportagem de Larry
Rohter, seu correspondente no
Brasil, após o jornalista ter sido
o pivô de uma das crises do governo Lula. Em texto publicado
no dia 9, Rohter disse que um
suposto problema alcoólico do
petista causa preocupação nacional. O presidente quis expulsá-lo do país, mas voltou atrás.
A reportagem de ontem trata
da venda de órgãos e tem como
personagem um brasileiro de 38
anos que vendeu um rim por
US$ 6.000 (cerca de R$ 18 mil).
O jornal deu bastante destaque
à história: além de destinar uma
página inteira ao texto, publicou
chamada no alto da capa. Há o
depoimento da norte-americana que recebeu o órgão, que pediu para não ser identificada.
Intitulada "Rastreando a venda de um rim em um caminho
de pobreza e esperança", a reportagem começa contando a
história de Alberty José da Silva,
de Recife (PE). Para vender o
rim, foi até a África do Sul, onde
ocorreu o transplante. O texto
frisa que esse país e o Brasil têm
leis contra comércio de órgãos.
Segundo Rohter, autoridades
brasileiras disseram que, no caso de Silva, a venda do órgão foi
intermediada por um policial israelense e um policial militar
brasileiro aposentado. A ação
foi organizada por um israelense, que nega o fato.
Rohter diz que é difícil arranjar emprego no Brasil e cita o valor do salário mínimo. A reportagem traz dados sobre transplantes e mercado de órgãos nos
EUA, onde também é ilegal.
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