São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

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O RETORNO

Pivô de crise no governo Lula, jornalista fala sobre tráfico de órgãos

"NYT" publica novo texto de Rohter

DA REDAÇÃO

O jornal norte-americano "The New York Times" publicou em sua edição de ontem a primeira reportagem de Larry Rohter, seu correspondente no Brasil, após o jornalista ter sido o pivô de uma das crises do governo Lula. Em texto publicado no dia 9, Rohter disse que um suposto problema alcoólico do petista causa preocupação nacional. O presidente quis expulsá-lo do país, mas voltou atrás.
A reportagem de ontem trata da venda de órgãos e tem como personagem um brasileiro de 38 anos que vendeu um rim por US$ 6.000 (cerca de R$ 18 mil). O jornal deu bastante destaque à história: além de destinar uma página inteira ao texto, publicou chamada no alto da capa. Há o depoimento da norte-americana que recebeu o órgão, que pediu para não ser identificada.
Intitulada "Rastreando a venda de um rim em um caminho de pobreza e esperança", a reportagem começa contando a história de Alberty José da Silva, de Recife (PE). Para vender o rim, foi até a África do Sul, onde ocorreu o transplante. O texto frisa que esse país e o Brasil têm leis contra comércio de órgãos.
Segundo Rohter, autoridades brasileiras disseram que, no caso de Silva, a venda do órgão foi intermediada por um policial israelense e um policial militar brasileiro aposentado. A ação foi organizada por um israelense, que nega o fato.
Rohter diz que é difícil arranjar emprego no Brasil e cita o valor do salário mínimo. A reportagem traz dados sobre transplantes e mercado de órgãos nos EUA, onde também é ilegal.


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