São Paulo, domingo, 24 de maio de 1998

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A LINGUAGEM DOS PEÕES

Aceiro de cerca - Trabalho de capina na vegetação que fica junto à cerca, para evitar incêndios na mata.

Badeco - O peão-ajudante do trabalhador que opera a máquina de motoserra.

Bandeco - A marmita em que o peão come.

Boroca - A bolsa onde o peão carrega toda o seu material pessoal.

Cantina - O lugar onde os peões compram a crédito. O valor gasto é descontado no final do serviço. A cantina é administrada pelo "gato" ou por alguma outra pessoa ligada a ele.

Cativo de tudo - Despesas de manutenção do serviço por conta própria.

Emenda - Fazer um resto de serviço que ficou inacabado.

Estrondar - Ficar sem dinheiro antes que o serviço acabe. Usa-se para o "gato".

Gato - É o empreiteiro que contrata os peões.

Guaxeba - Seguranças armados que ficam fiscalizando as fazendas.

Hotel peoneiro - Hotel que hospeda os peões "de graça" até os "gatos" irem buscá-los, assumindo a despesa de hospedagem dos peões.

Juquira - Tipo de pasto "sujo", tomado por pequenas árvores e ervas daninhas. Pode ser juquira braba (pasto muito sujo) ou mansa.

Meloso - É como é chamado o peão que carrega a gasolina e o óleo para a motoserra.

Motoqueiro - O operador da motoserra.

Rodado ou mumbuca - Peão bêbado, "perdido de tudo".

Trecheiro - Peão que corre trecho, que não pára por muito tempo num mesmo lugar.



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