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Washeck deixa dúvidas sobre relação com Molina
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Ao ser interpelado pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), o empresário Arthur Washeck não conseguiu explicar bem
sua amizade de quatro anos com
Arlindo Molina, acusado de extorsão por Roberto Jefferson.
Para o deputado José Eduardo
Cardozo, Washeck poderia estar
realizando outras negociações
com Jefferson, o que foi abortado
com o vazamento da fita para a
"Veja". Maurício Marinho afastou-se dos Correios em 3 de maio,
no dia que Jefferson recebeu a fita
por Molina. Antônio Osório, chefe de Marinho nos Correios, só teria recebido a fita depois.
Washeck também acusou Marinho de pressionar os Correios a
aceitar calçados fora de especificação da empresa Protelyne Calçados, do Rio Grande do Sul, e
bolsas de carteiro de outra empresa. Como exemplo de alguém
usando o nome de políticos para
se beneficiar, ele disse que a Protelyne usava o nome do governador Germano Rigotto (PMDB).
Germano Rigotto afirmou ontem que nunca fez "nenhum tipo
de interferência junto a qualquer
esfera de administrações públicas
em nome de empresas ou pessoas". Ele disse que desconhecia a
empresa citada por Washeck e
que nunca teve nenhum contato
com estatais para discutir licitações ou fazer indicações. Disse
que, se alguém se apresentou em
seu nome, o fez indevidamente.
Ivacir Tortelli, dono da Protelyne, negou as acusações. Disse que
não conhece Rigotto e que sua
empresa venceu cinco licitações
na estatal, mas que só três contratos foram vendidos aos Correios.
Disse que sua relação com Marinho é estritamente profissional.
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