São Paulo, sexta-feira, 24 de junho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Washeck deixa dúvidas sobre relação com Molina

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Ao ser interpelado pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), o empresário Arthur Washeck não conseguiu explicar bem sua amizade de quatro anos com Arlindo Molina, acusado de extorsão por Roberto Jefferson.
Para o deputado José Eduardo Cardozo, Washeck poderia estar realizando outras negociações com Jefferson, o que foi abortado com o vazamento da fita para a "Veja". Maurício Marinho afastou-se dos Correios em 3 de maio, no dia que Jefferson recebeu a fita por Molina. Antônio Osório, chefe de Marinho nos Correios, só teria recebido a fita depois.
Washeck também acusou Marinho de pressionar os Correios a aceitar calçados fora de especificação da empresa Protelyne Calçados, do Rio Grande do Sul, e bolsas de carteiro de outra empresa. Como exemplo de alguém usando o nome de políticos para se beneficiar, ele disse que a Protelyne usava o nome do governador Germano Rigotto (PMDB).
Germano Rigotto afirmou ontem que nunca fez "nenhum tipo de interferência junto a qualquer esfera de administrações públicas em nome de empresas ou pessoas". Ele disse que desconhecia a empresa citada por Washeck e que nunca teve nenhum contato com estatais para discutir licitações ou fazer indicações. Disse que, se alguém se apresentou em seu nome, o fez indevidamente.
Ivacir Tortelli, dono da Protelyne, negou as acusações. Disse que não conhece Rigotto e que sua empresa venceu cinco licitações na estatal, mas que só três contratos foram vendidos aos Correios. Disse que sua relação com Marinho é estritamente profissional.


Texto Anterior: Escândalo do "mensalão/CPI: Empresário assume gravação de Marinho
Próximo Texto: Aliado do PP tem assessoria de seguro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.