JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA

A Polícia Federal de Rondônia iniciou ontem uma perícia em documentos e computadores da Assembléia Legislativa do Estado. Durante a manhã, 30 homens da PF ocuparam o prédio.
A operação resulta de uma ordem judicial determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado em razão de um inquérito instaurado pela PF para apurar supostas irregularidades na Assembléia.
"Há indícios da existência de folhas de pagamento paralelas, com inserção de funcionários que não prestam serviços na Assembléia e de outros que às vezes nem têm conhecimento de que constam na listagem de pagamento", disse o superintendente da PF em Rondônia, Joaquim Mesquita.
Ele disse que foi determinada a quebra do sigilo bancário das contas em nome da Assembléia para a identificar a movimentação financeira dos pagamentos dos salários dos funcionários.
O presidente da Casa, José Carlos de Oliveira (PFL), se prontificou a fornecer "todas as informações necessárias" à PF.
O inquérito foi instaurado depois da divulgação, pelo governador de Rondônia, Ivo Cassol (PSDB), de gravações nas quais aparece conversando com deputados que supostamente pedem propina em troca de apoio.
Nesta semana, a TV Bandeirantes e o site Rondônia Agora divulgaram conversas entre Cassol e deputados nas quais é o governador que parece oferecer dinheiro. Cassol diz que os diálogos foram editados e estão fora de contexto.


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