São Paulo, Quinta-feira, 24 de Junho de 1999
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Peemedebista reafirma críticas

da Sucursal de Brasília

Apesar de concordar em "conviver" com o governo, Itamar Franco deixou claro, nos seus dois discursos, que mantém sua posição contrária à política econômica do governo federal.
Em nenhum momento ele admitiu a possibilidade de reaproximar-se politicamente do presidente Fernando Henrique Cardoso, apesar da insistência com que foi questionado pelos jornalistas.
"Assinar não é avançar", disse, enquanto dispensava os repórteres que insistiam em saber se sua vinda a Brasília representava um avanço político em termos de relacionamento com o governo.
O vice-governador Newton Cardoso deu o tom da forma com que o governo mineiro encara a retenção de verbas para o Estado.
No Ministério do Trabalho, em meio a discursos nos quais prevaleciam as citações às estrelas do céu de Minas e à "linda história" do Estado, Newton Cardoso disse que o governo federal estava "sequestrando" R$ 88 milhões por mês de Minas Gerais.
Itamar, que discursou depois, disse que ninguém vai isolar Minas Gerais. "Se alguém pensa que vai isolar Minas, não vai. Não por causa do governador, mas porque nossa história é plena de brasilidade, cheia de amor a este país."
O presidente do PT, José Dirceu (SP), que se encontrou com Itamar em seu hotel, disse que o governador considerou importante a aproximação de setores do PMDB com o PT, tendo em vista as eleições municipais, no ano que vem.


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