|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Barros começou a dar entrevistas
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova geração de promotores
e procuradores pode ser acusada
e criticada por falar e aparecer demais, mas essa prática, anos atrás,
era rigorosamente vedada.
"Em 1983, havia um ato proibindo o promotor de se pronunciar, salvo se tivesse autorização
do procurador-geral", diz Airton
Florentino de Barros, promotor
do Ministério Público paulista.
"Nós começamos a dar entrevistas sem autorização, recebendo
ameaças", diz Barros. Como não
podiam ser removidos, ele e outros promotores muitas vezes deixaram de ser promovidos. Hoje,
Barros usufrui o espaço ajudou a
abrir. Critica sem receio decisões
de tribunais que reconduziram
Celso Pitta à prefeitura.
Estudante pobre, em Mogi das
Cruzes (SP), Airton queria fazer
engenharia. Terminou estudando
direito, à noite. Durante o dia, trabalhava numa indústria, sem carteira registrada. Disputou vaga
num cartório e foi aprovado.
Como o cartório cumpria as
funções de ofício de justiça, foi escrevente de sala de audiências.
Um colega de classe o convenceu a fazer o concurso do Ministério Público: os dois foram aprovados. Airton atuou na área cível, na
vara de família e foi promotor de
falências. Participou da formação
do primeiro setor do Ministério
Público Estadual contra o crime
financeiro. Atuou na investigação
sobre a quebra do Comind.
Airton credita ao grupo com o
qual trabalhou o dispositivo incluído na Constituição prevendo
a incidência da correção monetária sobre o passivo.
(FV)
Texto Anterior: Blat atuou no caso Favela Naval Próximo Texto: Gueiros está na área criminal Índice
|