São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2000


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Barros começou a dar entrevistas

DA REPORTAGEM LOCAL

A nova geração de promotores e procuradores pode ser acusada e criticada por falar e aparecer demais, mas essa prática, anos atrás, era rigorosamente vedada.
"Em 1983, havia um ato proibindo o promotor de se pronunciar, salvo se tivesse autorização do procurador-geral", diz Airton Florentino de Barros, promotor do Ministério Público paulista.
"Nós começamos a dar entrevistas sem autorização, recebendo ameaças", diz Barros. Como não podiam ser removidos, ele e outros promotores muitas vezes deixaram de ser promovidos. Hoje, Barros usufrui o espaço ajudou a abrir. Critica sem receio decisões de tribunais que reconduziram Celso Pitta à prefeitura.
Estudante pobre, em Mogi das Cruzes (SP), Airton queria fazer engenharia. Terminou estudando direito, à noite. Durante o dia, trabalhava numa indústria, sem carteira registrada. Disputou vaga num cartório e foi aprovado.
Como o cartório cumpria as funções de ofício de justiça, foi escrevente de sala de audiências.
Um colega de classe o convenceu a fazer o concurso do Ministério Público: os dois foram aprovados. Airton atuou na área cível, na vara de família e foi promotor de falências. Participou da formação do primeiro setor do Ministério Público Estadual contra o crime financeiro. Atuou na investigação sobre a quebra do Comind.
Airton credita ao grupo com o qual trabalhou o dispositivo incluído na Constituição prevendo a incidência da correção monetária sobre o passivo. (FV)


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