São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2000


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Blat atuou no caso Favela Naval

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1983, o estudante de direito José Carlos Blat teve a certeza de que queria ser promotor ao assistir a um júri simulado. O papel de acusador foi desempenhado por Alberto Marino Júnior, ex-desembargador do TJ de São Paulo.
"Eu me identifiquei com a figura do acusador." Hoje, Blat comanda o setor de combate ao crime organizado no Ministério Público Estadual. "Jamais imaginei chegar aqui." Fez uma carreira rápida, tendo atuado nas áreas de liquidação extrajudicial de bancos e na promotoria de falências. Católico, vai à missa todo domingo.
Blat começou como promotor em Miracatu. Em Diadema, participou de mais de 300 júris. Ele não gosta das atividades burocráticas, que define como as de "carimbador de feitos ou derrubador de pilhas". A experiência de sair do gabinete é considerada valiosa. Blat diz que a "a integração entre promotor e delegado evita o vaivém do inquérito policial".
No caso mais rumoroso em que atuou, o crime da Favela Naval (execução de um popular por um policial da PM), a denúncia foi oferecida 12 dias após o incidente.
Numa das operações mais difíceis, acompanhado de apenas quatro agentes, Blat teve que fazer uma apreensão de armas contrabandeadas numa delegacia e prender policiais em flagrante. Para evitar o corporativismo, Blat se dirigiu ao delegado, que recém-assumira e não estava envolvido diretamente no crime: "O senhor me daria a honra de cumprir este mandado de busca e apreensão?" Não houve resistência. (FV)


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