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São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2003

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Oposição afirma que governo impõe 'ditadura'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os governistas e a oposição usaram a conturbada sessão de ontem para trocar acusações sobre a condução política do país. Integrantes do PFL e do PSDB afirmaram que o governo estaria implantando uma ditadura ao querer aprovar o relatório sem maior tempo para discussão.
O PFL patrocinou quase cinco horas de manobras regimentais para tentar adiar a votação. "O PT quer fazer o presidente de Lênin e os governadores de vassalos. (...) Não pode haver truculência ao ponto de o governo querer calar os deputados", afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), que liderou a oposição ontem na sessão.
O deputado Alberto Goldman (SP), vice-líder do PSDB, voltou a afirmar que o governo patrocina um "estelionato eleitoral" e que teria demonstrado truculência ontem ao substituir integrantes da base aliada momentos antes das votações.
O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), líder do governo na Casa, se inscreveu para defender o governo. "Parte dessa oposição representa as velhas oligarquias [PFL], também há a oposição do punho de renda e roupão de cetim [PSDB]. Enfrentamos a ditadura no cárcere e nas ruas, enquanto parte da oposição flanava em Paris com punhos de renda", afirmou.
Rebelo disse que a oposição não teria ainda assimilado a vitória eleitoral do PT. "Eles não aceitam que um macacão chegue ao Planalto", afirmou.
A atitude do PFL de tentar adiar a votação só terminou no início da noite, quando foi feito um acordo com o governo. O partido abriu mão da tentativa de adiamento e teve em troca a garantia de que três destaques do partido tivessem votação nominal na comissão, e não apenas simbólica.


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