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Oposição afirma que governo impõe 'ditadura'
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os governistas e a oposição usaram a conturbada sessão de ontem para trocar acusações sobre a
condução política do país. Integrantes do PFL e do PSDB afirmaram que o governo estaria implantando uma ditadura ao querer aprovar o relatório sem maior
tempo para discussão.
O PFL patrocinou quase cinco
horas de manobras regimentais
para tentar adiar a votação. "O PT
quer fazer o presidente de Lênin e
os governadores de vassalos. (...)
Não pode haver truculência ao
ponto de o governo querer calar
os deputados", afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS),
que liderou a oposição ontem na
sessão.
O deputado Alberto Goldman
(SP), vice-líder do PSDB, voltou a
afirmar que o governo patrocina
um "estelionato eleitoral" e que
teria demonstrado truculência
ontem ao substituir integrantes
da base aliada momentos antes
das votações.
O deputado Aldo Rebelo (PC do
B-SP), líder do governo na Casa,
se inscreveu para defender o governo. "Parte dessa oposição representa as velhas oligarquias
[PFL], também há a oposição do
punho de renda e roupão de cetim [PSDB]. Enfrentamos a ditadura no cárcere e nas ruas, enquanto parte da oposição flanava
em Paris com punhos de renda",
afirmou.
Rebelo disse que a oposição não
teria ainda assimilado a vitória
eleitoral do PT. "Eles não aceitam
que um macacão chegue ao Planalto", afirmou.
A atitude do PFL de tentar adiar
a votação só terminou no início
da noite, quando foi feito um
acordo com o governo. O partido
abriu mão da tentativa de adiamento e teve em troca a garantia
de que três destaques do partido
tivessem votação nominal na comissão, e não apenas simbólica.
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