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Alckmin leva "sanguessugas" à campanha para desgastar PT
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, deixou claro ontem que vai explorar ao máximo na campanha o
resultado das investigações da
Operação Sanguessuga (a máfia
das ambulâncias) para desgastar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e petistas. O tucano
afirmou, durante visita ao Festival do Japão, no Centro de
Exposições Imigrantes, que há
muito "palavrório e pouca
ação" no combate à corrupção e
que o atual governo não aprendeu com a crise do mensalão.
"O governo é violento e autoritário com o caseiro Francenildo, mas é fraquinho com o
crime. Tanto é que você vê mais
um escândalo de corrupção
agora no Ministério da Saúde.
Aliás, coincidentemente, o presidente fez esse discurso ao lado do ex-ministro da Saúde. O
responsável, no caso, onde
houve a Operação Sanguessuga", disse Alckmin, referindo-se ao comício de Lula sábado
em Recife, ao lado do ex-ministro da Saúde Humberto Costa.
Lula disse que os adversários
devem "lavar a boca" antes de
acusá-lo de corrupção. Costa,
que é candidato do PT ao governo de Pernambuco, recebeu em
audiência, quando ministro, o
empresário Luiz Antônio Vedoin, o dono da Planam - empresa envolvida no desvio de
recursos do orçamento federal
para venda superfaturada de
ambulâncias. Costa alega que,
na ocasião, só esclareceu trâmites legais sobre uma dívida do
ministério com a empresa.
"Como é que se pode chamar
um governo que teve o mensalão, o escândalo dos Correios, a
Operação Sanguessuga, e o "valerioduto'? Para onde você olha
teve desvio de dinheiro público", disse, ainda em resposta à
indignação de Lula, que rejeita
a pecha de desonesto.
O tucano disse que "o novo
nome da ética é a eficiência".
Ele defendeu a redução gradual
de juros, a eficiência dos gastos
públicos e reiterou críticas à
política externa de Lula.
De quimono, Alckmin percorreu por uma hora e quarenta minutos estandes da feira,
comeu tempurá e hoshi gaki
(bolinho doce) e tirou fotos
com imigrantes e descendentes
japoneses.
(MD)
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