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OUTRO LADO
Balestra afirma que não cuidou da contabilidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Roberto Balestra (PP-GO) disse desconhecer a contabilidade paralela ("a única coisa que eu fazia era pedir voto") e indicou
Ademir Lima: "O que ele
disser, eu assino embaixo".
Lima confirmou o uso de
transporte aéreo, ausente da
declaração ao TRE: "Claro,
deputado federal voa". Sugeriu que os valores na contabilidade paralela poderiam estar incluindo gastos
da Rio Negro. Segundo ele,
houve dificuldades na campanha, o que o teria levado,
com a anuência da Rio Negro, a tomar empréstimos. O
dinheiro foi dividido na proporção de 20% para o candidato e 80% para a empresa:
"Para a campanha, ficou algo em torno de R$ 400 mil a
R$ 500 mil". Disse que admite uma diferença de até 12%
entre o valor gasto e o declarado. "Prestação de contas
no Brasil é pró-forma."
Neílton Cruvinel Filho negou que a campanha tenha
sido usada para capitalizar a
Rio Negro: "Esses documentos foram feitos pela filha dele para a gente ver o quanto o
Roberto devia para a Rio Negro. Eu não doei nada. Fiz
um empréstimo para ele
usar. Esse valor inclui os bônus eleitorais que a Rio Negro adquiriu. Ele está me
roubando e sabe disso".
Garcita Balestra não respondeu aos recados. Seu
marido e tesoureiro de campanha, Rogério Simões Lima, disse que "só fez assinar
a declaração oficial": "Gastamos uns R$ 450 mil, R$ 500
mil no máximo. Até porque
não tinha para gastar".
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