São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2004

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OUTRO LADO

Balestra afirma que não cuidou da contabilidade

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Roberto Balestra (PP-GO) disse desconhecer a contabilidade paralela ("a única coisa que eu fazia era pedir voto") e indicou Ademir Lima: "O que ele disser, eu assino embaixo".
Lima confirmou o uso de transporte aéreo, ausente da declaração ao TRE: "Claro, deputado federal voa". Sugeriu que os valores na contabilidade paralela poderiam estar incluindo gastos da Rio Negro. Segundo ele, houve dificuldades na campanha, o que o teria levado, com a anuência da Rio Negro, a tomar empréstimos. O dinheiro foi dividido na proporção de 20% para o candidato e 80% para a empresa: "Para a campanha, ficou algo em torno de R$ 400 mil a R$ 500 mil". Disse que admite uma diferença de até 12% entre o valor gasto e o declarado. "Prestação de contas no Brasil é pró-forma."
Neílton Cruvinel Filho negou que a campanha tenha sido usada para capitalizar a Rio Negro: "Esses documentos foram feitos pela filha dele para a gente ver o quanto o Roberto devia para a Rio Negro. Eu não doei nada. Fiz um empréstimo para ele usar. Esse valor inclui os bônus eleitorais que a Rio Negro adquiriu. Ele está me roubando e sabe disso".
Garcita Balestra não respondeu aos recados. Seu marido e tesoureiro de campanha, Rogério Simões Lima, disse que "só fez assinar a declaração oficial": "Gastamos uns R$ 450 mil, R$ 500 mil no máximo. Até porque não tinha para gastar".


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