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Aumento vinha
sendo negado
da Sucursal de Brasília
Há pelo menos três meses o presidente Fernando Henrique Cardoso vinha dizendo que aumentar
a carga tributária no país seria
uma tarefa impossível de realizar.
Ao anunciar ontem a possibilidade de aumentar impostos para
conter o déficit fiscal, FHC acabou
afirmando o que negava.
No dia 30 de junho, falando para
estagiários da Escola Superior de
Guerra, FHC disse que, na situação do país à época, "não havia
mais espaço para o aumento de
impostos". "Hoje, quem falar de
imposto é corrido", disse.
Segundo FHC, o Congresso não
aprovaria mais impostos para a
população. "É dificílimo passar
imposto", disse FHC, usando como exemplo a discussão sobre a
possível prorrogação da CPMF
(Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira).
Na mesma oportunidade, FHC
disse que "a idéia de que no Brasil
se paga muitos impostos não é
verdadeira". Citou a cobrança do
Imposto de Renda para justificar
seu exemplo: "É só comparar com
outros países", sugeriu.
Em 14 de julho, FHC disse a um
grupo de prefeitos do interior de
Minas Gerais que a reforma tributária deveria ser feita de forma
"que mais pessoas paguem".
A empresários paulistas ligados
à agricultura, à indústria e ao comércio, FHC disse semana passada que não haveria aumento de
impostos após a eleição.
Nesta semana, depois que o ministro da Fazenda, Pedro Malan,
disse no Rio que era possível haver
aumento de impostos, o porta-voz
da Presidência, Sergio Amaral, negou essa possibilidade.
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