DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) abriu processo criminal contra a subprocuradora-geral da Justiça Militar Solange Augusto Ferreira por suposta prática de estelionato. Ela é acusada de furto de duas folhas do talão de cheques da atual procuradora-geral da Justiça Militar, Adriana Lorandi Carneiro, falsificação da assinatura e saque de R$ 6.000 da conta dela na agência do Banco do Brasil no prédio do STM (Superior Tribunal Militar), em Brasília.
Conforme a denúncia, apresentada pela própria procuradora-geral, Solange Ferreira a convidou para um churrasco em sua casa, em 24 de janeiro de 1997, dois dias depois de receber de Adriana Carneiro um cheque de R$ 760 como pagamento pela compra de uma linha telefônica. As duas folhas de cheque teriam sido retiradas da bolsa de Adriana Carneiro, que ela havia deixado em uma sala da casa. O cheque relativo à compra da linha telefônica teria servido para a cópia da assinatura.
Na segunda-feira seguinte, Solange Ferreira teria determinado à secretária Cláudia Alessandra Tiburtino o saque dos R$ 760 no posto do BB do prédio do órgão onde trabalha e ao oficial de gabinete Antônio Rodrigues da Silva o desconto de um cheque de R$ 6.000 na agência do banco no prédio do STM. Aparentemente, o outro cheque não foi usado.
Solange Ferreira alegou que os depoimentos eram contraditórios e imprecisos e que, por isso, não poderiam ser usados como indícios do crime. Também sugere a hipótese de o furto das folhas de cheque ter ocorrido durante expediente no trabalho, e não em sua casa, e ataca a falta de conferência da assinatura pelo banco.
A assessoria da Procuradoria Geral da Justiça Militar disse que Adriana Carneiro não poderia comentar a questão, pois participa de um congresso no exterior.
Também informou que Solange Ferreira continua trabalhando.


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