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São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 2003

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Criminalista há 45 anos, Bastos é ligado ao PT

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No comando de uma estrutura complexa, que administra desde a situação das reservas indígenas, as ações da Polícia Federal até o superlotado sistema penitenciário -para ficar em poucos exemplos-, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos trabalha pelo menos dez horas diárias. E aí não estão incluídos os jantares políticos com integrantes da cúpula do governo.
Formado em direito pela faculdade do Largo do São Francisco (USP), em São Paulo, Bastos é criminalista há 45 anos. E cultiva um gosto especial por casos de crimes passionais.
Cético quanto à eficiência do sistema prisional, defende a adoção de penas alternativas. Juntou-se a outros profissional liberais para fundar o IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) e o Movimento Antiterror.
Casado, pai de uma filha, avô de uma neta e hoje ministro, Bastos nunca deixou a política de lado.
Presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no biênio 87/89 acompanhou de perto a Constituinte.
Não é filiado ao PT, mas integrou o governo paralelo instituído pelo partido em 1990, durante o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Sua mais nova missão é refazer o diálogo entre o Executivo e o Judiciário, abalado depois das críticas contra um e outro feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Maurício Corrêa. A costura é fundamental para garantir, com a anuência da Justiça, a implantação da reforma da Previdência e das mudanças que o governo pretende promover no funcionamento do Judiciário.
Bastos assegura na agenda horário para atividades caras à sua vaidade. Começa o dia às 6h, caminhando, não raro acompanhado de algum assessor, com o qual inicia os despachos do ministério. Duas vezes por semana, sai mais cedo do trabalho. Destino: ginástica.



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