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Criminalista há 45 anos, Bastos é ligado ao PT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No comando de uma estrutura complexa, que administra desde a situação das
reservas indígenas, as ações
da Polícia Federal até o superlotado sistema penitenciário -para ficar em poucos exemplos-, o ministro
da Justiça, Márcio Thomaz
Bastos trabalha pelo menos
dez horas diárias. E aí não
estão incluídos os jantares
políticos com integrantes da
cúpula do governo.
Formado em direito pela
faculdade do Largo do São
Francisco (USP), em São
Paulo, Bastos é criminalista
há 45 anos. E cultiva um gosto especial por casos de crimes passionais.
Cético quanto à eficiência
do sistema prisional, defende a adoção de penas alternativas. Juntou-se a outros
profissional liberais para
fundar o IDDD (Instituto de
Defesa do Direito de Defesa)
e o Movimento Antiterror.
Casado, pai de uma filha,
avô de uma neta e hoje ministro, Bastos nunca deixou
a política de lado.
Presidente do Conselho
Federal da OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) no
biênio 87/89 acompanhou
de perto a Constituinte.
Não é filiado ao PT, mas
integrou o governo paralelo
instituído pelo partido em
1990, durante o governo do
ex-presidente Fernando
Collor de Mello.
Sua mais nova missão é refazer o diálogo entre o Executivo e o Judiciário, abalado
depois das críticas contra
um e outro feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente do Supremo Tribunal Federal,
Maurício Corrêa. A costura é
fundamental para garantir,
com a anuência da Justiça, a
implantação da reforma da
Previdência e das mudanças
que o governo pretende promover no funcionamento
do Judiciário.
Bastos assegura na agenda
horário para atividades caras à sua vaidade. Começa o
dia às 6h, caminhando, não
raro acompanhado de algum assessor, com o qual
inicia os despachos do ministério. Duas vezes por semana, sai mais cedo do trabalho. Destino: ginástica.
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