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Requião pede devolução de sede de promotoria
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O Ministério Público do Paraná tem até 31 de dezembro
para devolver ao governo do
Estado a casa onde funciona a
PIC (Promotoria de Investigações Criminais), em Curitiba.
Ontem, os cinco policiais militares emprestados à unidade
para auxiliar nas investigações
se reapresentaram no quartel
central, por requisição do Comando Geral da Polícia Militar.
A saída da casa e o retorno
dos PMs decorrem de ordem
do governador reeleito, Roberto Requião (PMDB). Os promotores de Justiça da PIC conduzem a investigação sobre o policial civil e ex-assessor do governo Délcio Augusto Rasera, preso e denunciado como araponga. Ele estava lotado na assessoria especial da Casa Civil.
O coordenador da PIC, promotor Paulo Kessler, disse que
o Ministério Público deixará a
casa no prazo. ""Se a intenção
[do governo] é criar um factóide para desmobilizar e desacreditar a PIC, não vai conseguir",
afirmou Kessler, que disse não
acreditar em retaliação.
Ninguém no governo do Estado quis justificar a decisão.
Só a PIC de Curitiba perdeu o
apoio dos policiais militares.
Não haverá alteração na parceria entre governo e Ministério
Público nas unidades de Londrina, Maringá e Cascavel.
Durante a campanha, Requião acusou a PIC de ""politizar" a eleição. A coordenação
política de sua campanha chegou a pedir quebra de sigilo telefônico de seus promotores e
de cinco jornalistas, incluindo a
correspondente da Folha em
Curitiba. Atribuía à PIC a fonte
de vazamento de informações
sobre o caso, coberto por segredo de Justiça.
(MARI TORTATO)
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