São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 2006

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Requião pede devolução de sede de promotoria

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O Ministério Público do Paraná tem até 31 de dezembro para devolver ao governo do Estado a casa onde funciona a PIC (Promotoria de Investigações Criminais), em Curitiba.
Ontem, os cinco policiais militares emprestados à unidade para auxiliar nas investigações se reapresentaram no quartel central, por requisição do Comando Geral da Polícia Militar.
A saída da casa e o retorno dos PMs decorrem de ordem do governador reeleito, Roberto Requião (PMDB). Os promotores de Justiça da PIC conduzem a investigação sobre o policial civil e ex-assessor do governo Délcio Augusto Rasera, preso e denunciado como araponga. Ele estava lotado na assessoria especial da Casa Civil.
O coordenador da PIC, promotor Paulo Kessler, disse que o Ministério Público deixará a casa no prazo. ""Se a intenção [do governo] é criar um factóide para desmobilizar e desacreditar a PIC, não vai conseguir", afirmou Kessler, que disse não acreditar em retaliação.
Ninguém no governo do Estado quis justificar a decisão.
Só a PIC de Curitiba perdeu o apoio dos policiais militares. Não haverá alteração na parceria entre governo e Ministério Público nas unidades de Londrina, Maringá e Cascavel.
Durante a campanha, Requião acusou a PIC de ""politizar" a eleição. A coordenação política de sua campanha chegou a pedir quebra de sigilo telefônico de seus promotores e de cinco jornalistas, incluindo a correspondente da Folha em Curitiba. Atribuía à PIC a fonte de vazamento de informações sobre o caso, coberto por segredo de Justiça. (MARI TORTATO)

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